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08/04/2019

GRAVE DENÚNCIA: Em Pauini, direção do hospital público atesta frequência de médicos sem que eles trabalhem

Foto: Divulgação

Marcelus Antônio Motta Prado de Negreiros, um dos médicos que deveriam dar expediente no Hospital de Pauni, só foi uma única vez ao município

A direção do Hospital de Pauini, no interior do Amazonas, atesta a frequência, ou de comprimento de carga horária, de médicos sem que eles trabalhem de fato.

 

Em um dos casos, o médico Marcelus Antônio Motta Prado de Negreiros, que possui dois contratos com o Estado, reside na capital do Estado do Acre e só foi uma única vez ao município.

 

O mais estranho nesse caso é que outra pessoa foi ao próprio hospital onde Marcelus deveria dar expediente e se apresentou como sendo o "doutor Marcelus".

 

A fraude foi descoberta e o falso médico desapareceu da cidade. A direção do hospital sequer fez o registro da ocorrência na delegacia de polícia local. Ao que consta o falso médico seria parente do próprio Marcelus.

 

Outros dois contratos envolvendo a doutora Maria Margareth Pessoa da Cruz Lucena também não estão sendo cumpridos. Atualmente, pelo que informa a direção do hospital local, ela estaria em processo de aposentadoria, mais durante muitos anos esteve formalmente prestando serviços à uma vila do município de Pauini chamada Céu do Mapiá.

 

Margareth, como é de conhecimento público, já não presta serviço àquela comunidade há muitos anos e mesmo assim vem recebendo a remuneração correspondente aos dois vínculos contratuais.

 

O terceiro caso envolve dois contratos do Estado com o médico Marlio Daza lá Sema.

 

Segundo consta, Marlio deveria se apresentar ao município para trabalhar em 17 de janeiro deste ano. Mas somente compareceu ao município no dia 02 de fevereiro, ficando até o dia 08 de fevereiro, quando viajou e não mais retornou.

 

A sua volta para trabalhar à unidade mista de Pauini está prevista para o dia 17 de maio. Marlio, em três meses de vigência de seu contrato para atuar em Pauini, só trabalhou o que seria correspondente a um único mês.

 

O diretor geral do hospital, José Raimundo Rachid, responsável formal por atestar a frequência desses médicos, como vem fazendo, não possui a qualificação profissional exigida pelo convênio de cooperação entre o Estado e o Município para exercer a função que tem.

 

Existem relatos de pacientes reclamando a ausência de médicos na unidade mista de Pauini. As reclamações tendem a se agravar agora que a população tem o conhecimento desses contratos de médicos que não cumprem a carga de trabalho a que estão obrigados. 

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