Ele foi convocado para o lugar de Fernando Prass, cortado após fraturar o cotovelo direito no aquecimento para o amistoso com o Japão
Um dos heróis da conquista da medalha de ouro, ao sofrer apenas um gol em toda a Olimpíada e defender a cobrança do alemão Petersen na decisão por pênaltis da final, Weverton esteve a 60 minutos, uma horinha, de não conseguir disputar a Olimpíada.
Ele foi convocado para o lugar de Fernando Prass, cortado após fraturar o cotovelo direito no aquecimento para o amistoso com o Japão, em Goiânia, no dia 30 de julho.
O goleiro palmeirense havia contundido o local cinco dias antes e seria poupado naquela partida, com Uilson, do Atlético-MG, de titular.
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A lesão se agravou, entretanto, e foi irreversível.
Na antevéspera do amistoso, a indefinição sobre a condição clínica de Prass motivou uma reunião da comissão técnica.
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Rogério Micale disse que, caso o goleiro titular não pudesse permanecer com o grupo, seu nome do futebol brasileiro para substitui-lo era o de Weverton, e do exterior Diego Alves, na época no Valencia e hoje no Flamengo.
Só que nenhum dos dois estava na lista de 35 jogadores pré-relacionados na Fifa.
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O coordenador Erasmo Damiani tentou contato com a federação para saber a possibilidade de inscrever um goleiro que não constasse daquela relação. Não obteve resposta.
Sua confiança em quebrar o regulamento àquela altura vinha de uma conversa com um dirigente da seleção portuguesa, que havia relatado problemas de liberações dos clubes.
A Olimpíada não foi disputada num período reservado pela Fifa, e, portanto, não havia obrigação em permitir que os jogadores participassem do torneio.
A Alemanha também sofria do mesmo problema, e todos estavam solicitando à Fifa inscrever atletas de fora da lista de 35.
A preferência, caso Prass tivesse que ser cortado, seria por um goleiro que atuasse no país.
Primeiro pela rapidez que ele chegaria a Brasília, palco da estreia, e segundo porque os do exterior estavam iniciando a pré-temporada, sem qualquer ritmo de jogo.
Quando Prass fraturou o cotovelo e não conseguiu ficar com o grupo, a CBF voltou a fazer contato com a Fifa, com pedidos de urgência.
O exame do goleiro, feito numa clínica de Goiânia, na noite de sábado, foi enviado como anexo.
Paralelamente a isso, Damiani tentava contato com o Atlético-PR, que havia jogado em Recife, pelo Campeonato Brasileiro, para pedir a liberação de Weverton.
O “ok” da Fifa veio no fim da tarde de domingo, 90 minutos antes do prazo para envio dos documentos.
Weverton foi liberado, inscrito, integrado, escalado e coroado. Entrou para a história do futebol brasileiro. Por uma horinha.
Globo Esporte