IMAGENS FORTES! Briga entre duas famílias termina com quatro pessoas mortas em Eirunepé

Pelo menos quatro pessoas foram assassinadas na Comunidade São João, zona rural de Eirunepé, distante 1.160 km de Manaus em linha reta, num conflito entre membros de duas famílias moradoras da região, envolvidas numa vingança mortal que causou comoção em toda a população do município. 

Primeiramente foi assassinado a facadas na tarde do último domingo, dia 24, o agricultor José Alcimar da Silva Gomes, 27, que ainda teve o corpo jogado nas águas do rio Juruá, depois de participar de uma bebedeira com os assassinos e irmãos de sua mulher, Maria Damiana Pinto de Melo, 24.

Passados três dias desse assassinato veio a vingança da família de José Alcimar, na manhã dessa quarta-feira, dia 27, com o assassinato a tiros de espingarda de Francisco Braga Pinto, 22, e o primo Zaqueu Pinto de Melo, 30, por três homens que chegaram à comunidade armados com espingardas.

Zaqueu e Francisco estavam na casa de farinha quando foram executados, mas Jô Pinto de Melo, 28, que também participou do assassinato de José Alcimar, correu para as matas tentando escapar da morte, mas foi lcançado e morto.

Uma das vítimas da vingança estava dormindo quando foi assassinada dentro de sua rede

O único sobrevivente dessa matança toda iniciada no domingo foi José Braga, irmão de Zaqueu e Francisco, que fugiu em uma canoa e seguiu direto para a sede do município, onde foi para a delegacia e denunciou os assassinatos aos policias, esclarecendo inclusive.

O sobrevente disse que só reconheceu Rosildo, irmão de José Alcimar, como um dos homens que foram à comunidade consumar a vingança.

José Braga ressaltou que só escapou com vida porque foi ele, Rosildo, quem permitiu que ele fugisse da casa de farinha antes que os outros voltassem das matas, pois também iriam executá-lo.

O major Pedro Moreira, comandante da 1ª Companhia de Polícia Militar (CIPM) de Eirunepé, montou uma equipe e foi para a comunidade na quarta-feira mesmo. Ele só encontrou os corpos de Francisco Braga e seu primo, Zaqueu Pinto, que era inclusive deficiente físico.

A casa de farinha na Comunidade São João onde a chacina começou (Fotos: Divulgação)

Permanecem desaparecidos os corpos de Jô Pinto e de José Alcimar, morto no domingo e jogado no rio Juruá, crime este que deu início a toda a vingança sangrenta na comunidade Comunidade São João.

O comandante da 1ª CIPM, major Pedro Moreira,  informou que as buscas continuam para localizar os corpos.

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