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27/08/2016

Impeachment, 3º dia: Senado ouve neste sábado últimas testemunhas da defesa de Dilma; acompanhe ao vivo

Foto: Reprodução / O Globo / Agência Senado

Julgamento do impeachment entra no terceiro dia com últimas testemunhas |

O Senado retoma neste sábado, a partir das 10h, o julgamento final do impeachment da presidente Dilma Rousseff com o depoimento do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, como testemunha de defesa, e o professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Ricardo Lodi, como informante. O ministro do STF Ricardo Lewandowski, que comanda o julgamento no Senado, determinou que não haverá pausa para almoço.


Ontem, o primeiro a falar, o economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo disse que a presidente afastada Dilma Rousseff fez uma “despedalada fiscal” e não uma “pedalada”, ao promover contingenciamentos e ajuste fiscal em 2015 e não gastança num momento de contração da economia.


A explanação foi rápida, após a base do governo Michel Temer informar que não faria questionamentos para acelerar o julgamento.

 

O advogado de defesa da presidente Dilma Rousseff, José Eduardo

Cardozo (Foto: Ailton Freitas / Agência O Globo)


— Em 2015, houve uma “despedalada fiscal". Em 2014, senti claramente que o ajuste fiscal teria as consequências que teve, até imaginei que o PIB fosse cair 2,5% e errei (a queda foi de 3,8%). Se formos olhar a política fiscal em 2015, ela levou a uma contração brutal da receita, porque a economia vinha desacelerando. É como o pugilista que vai para o córner e o treinador, para reanimá-lo, lhe dá um soco na cabeça — comparou Belluzzo, ouvido como informante.


— Chamei de desajuste do ajuste. Essa pedalada não aconteceu — disse Belluzzo.


As críticas geraram ironia de senadores pró-impeachment presentes no plenário.


— Só para avisar que é uma testemunha de defesa. Esse seminário de economia com críticas à política econômica da Dilma é da defesa — disse o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB).

 


Senadores pró e contra impeachment montam estratégias para

julgamento de Dilma(Foto: Reprodução / Internet)


Na retomada da sessão, o professor de Direito Geraldo Prado disse que não há como desconfiar de participação de Dilma nas pedaladas fiscais.


— Ninguém no lugar dela faria algo diferente, não havia um fiapo para se desconfiar que alguma coisa estava efetivamente fora de lugar — disse, questionado sobre o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).


Geraldo Prado afirmou ainda que não há embasamento jurídico para dizer que a petista tenha cometido crime de responsabilidade.


— Quando se afirma que há ou não um crime, quem faz essa afirmação tem uma enorme responsabilidade de fazê-la com embasamento na ciência do direito, e com todo respeito não me parece que a ciência do direito ofereça embasamento para dizer que houve crime de responsabilidade — disse o professor de Direito.


No fim da noite, foi vez de o ex-secretário-executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa ser ouvido pelos senadores.


Placar: 53 votos a favor

 


A partir das 10h, o ex-ministro Nelson Barbosa e o professor de Direito

Ricardo Lodi vão defender Dilma(Foto: Rdprodução / Internet)


O senador Hélio José (PMDB-DF), que se celebrizou nas últimas semanas ao dizer que colocaria “a melancia” que quisesse no comando da Secretaria de Patrimônio da União do Distrito Federal, que lhe foi entregue pelo governo Michel Temer, anunciou ontem que votará a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Com isso, o número de votos já anunciado a favor do impedimento chega a 53, um a menos do que o mínimo necessário para sua consumação. Há ainda dez senadores que não declararam o voto.


 

  O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que ainda não decidiu se votará. Segundo ele, o regimento diz que o presidente do Congresso não vota, mas ele ainda não sabe o que fazer.


— Não vou fazer nada que me tire da isenção que tento seguir. Esse é o meu maior ativo e não vou me desfazer disso. O regimento diz que o presidente não vota, mas cheguei até aqui sem decidir o que vou fazer — afirmou.


O presidente interino Michel Temer pediu voto diretamente ao presidente do Senado, e aliados de Temer disseram a Renan que “se abster é votar com Dilma”.
 

Fonte: Agência Brasil / O Globo

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