Expansão frente a abril de 2017 foi de 8,9%, a mais intensa desde abril de 2013
Depois de recuar em março, a produção industrial brasileira voltou a crescer em abril. De acordo com o IBGE, a alta foi de 0,8% em relação a março, bem acima do esperado pelo mercado. Analistas ouvidos pela Bloomberg esperavam alta de 0,4%.
É o melhor resultado para abril na comparação com o mês anterior desde 2013, quando a expansão da atividade havia sido de 1,5%. Frente a abril de 2017, a expansão foi de 8,9%, a 12ª alta seguida na comparação anual e a taxa mais intensa desde abril de 2013, quando houve alta de 9,8%.
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No ano, a indústria avança 4,5% e em 12 meses acumula alta de 3,9%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há um ano, o setor havia crescido 0,6%, em relação a março. Em abril, todos as quatro grandes categorias tiveram expansão, em relação ao mês anterior. A maior foi a de bens de consumo duráveis, com 2,8%. Entre os setores, as principais influências positivas vieram de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis, com alta de 5,2%; e de veículos (4,7%).
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Na comparação com abril de 2017, também todas as quatro categorias tiveram resultado positivo, e em 24 dos 26 ramos pesquisados, e 62 dos 79 grupos, e 67% dos 805 produtos pesquisados. As maiores influências positivas nessa comparação vieram de veículos, com alta de 40%, e produtos alimentícios (12%).
O Boletim Focus do Banco Central, que reúne previsões de analistas de todo o país, está há três semanas com a previsão estável para o setor este ano: expansão de 3,8%. Os resultados fechados do ano, até agora, divulgados pelo IBGE, ainda não captaram possíveis impactos da greve dos caminhoneiros, ocorrida nas duas últimas semanas, sobre a atividade. A expectativa, no entanto, é que a próxima divulgação já inclua essa influência.
O Globo