19 de Abril de 2024 - Ano 10
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11/12/2018

Irã confirma teste com míssil balístico denunciado por EUA, França e Reino Unido

Foto: Reprodução

General iraniano confirmou o lançamento ocorrido no início de dezembro

O Irã confirmou nesta terça-feira, 11, o lançamento de um míssil balístico ocorrido início do mês, dias depois de os governos dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido terem denunciado esse teste.


Segundo a agência Associated Press, o general Amir Ali Hajizadeh disse à agência iraniana Fars que a reação norte-americana "indicou que o teste foi muito importante para os EUA". Hajizadeh lidera a divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária, responsável pelo lançamento. O militar também disse que o Irã testa mísseis "mais de 40 ou 50 vezes" por ano.


No início do mês, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou o Irã de testar um míssil de médio alcance capaz de transportar múltiplas ogivas e atingir partes da Europa e todo o Oriente Médio.


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Reações do Ocidente


A França declarou estar preocupada com este lançamento teste ocorrido supostamente em 1º de dezembro, que descreveu como "provocativo e desestabilizador", e que "não se enquadra" na resolução 2231 da ONU sobre o acordo com o Irã.
Já o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, qualificou o teste de "provocativo, ameaçador e inconsistente" com as diretrizes da ONU, acrescentando que "devem cessar" definitivamente.


Os Estados Unidos consideraram que o suposto teste foi uma violação da resolução da ONU que apoiou o acordo nuclear de 2015 entre Irã e as seis potências, do qual Washington já se retirou. Esta resolução pede que o Irã se abstenha de testar mísseis capazes de carregar ogivas nucleares.
EUA pediram sanções

 

Uma tocha de gás em uma plataforma de produção de petróleo nos campos de

petróleo de Soroush é vista ao lado de uma bandeira iraniana no Golfo

Pérsico, no Irã (Foto: Raheb Homavandi / File Photo / Reuters)

 

Logo após terem informação sobre o teste, os EUA pediram à União Europeia a aplicação de sanções contra o Irã por causa do programa de mísseis balísticos. O governo norte-americano qualificou os testes como "ameaça grave e crescente".


"O governo iraniano afirma que seus testes de mísseis têm um caráter puramente defensivo. Não são defensivos", disse à imprensa o enviado especial de Washington, Brian Hook, aos repórteres a bordo do avião de Mike Pompeo enquanto viajava a Bruxelas para uma reunião da Otan.


"Gostaríamos que a União Europeia empregasse sanções que apontem para o programa de mísseis do Irã", pediu Hook.


Hook disse que a campanha de "pressão máxima" do presidente Donald Trump sobre Teerã desde que se retirou do acordo nuclear com o Irã "pode ser efetiva se mais nações puderem se juntar a nós nessas sanções".


"É uma ameaça séria e crescente, e as nações de todo o mundo, não apenas a Europa, devem fazer o possível para atacar o programa de mísseis do Irã", acrescentou.


Hook disse que há um "progresso" para que os aliados da Otan considerem uma proposta voltada para indivíduos e entidades que desempenham um papel fundamental no programa de mísseis do Irã.

 

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Os Estados Unidos decidiram em maio se retirar do acordo nuclear de 2015 e voltar a impor sanções ao Irã.


Os países da UE denunciaram a medida e estão trabalhando para preservar o acordo nuclear, embora também tenham criticado as posições iranianas em outras questões.

 

G1

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