Cerca de 25 pessoas foram resgatadas, segundo guarda costeira
Dezenas de imigrantes podem ter morrido em um novo naufrágio no Mediterrâneo, afirmaram as autoridades italianas nesta quinta-feira. De acordo com a guarda costeira, o número de óbitos pode chegar a 80, e 24 pessoas foram resgatadas.
A força naval da União Europeia (UE) citou um número diferente, apontando a possível morte de até 30 migrantes depois que um barco virou na costa da Líbia. Não ficou claro se trata do mesmo incidente.
Um avião de Luxemburgo localizou a cerca de 65 km ao largo da costa da Líbia uma embarcação que tinha naufragado com cerca de uma centena de migrantes — disse à AFP o capitão Antonello de Renzis Sonnino, porta-voz da operação Sofia, que combate o tráfico de pessoas na região do Mediterrâneo. — Estimamos que há entre 20 e 30 mortos.
No dia anterior, a Marinha italiana resgatou mais de 500 pessoas depois que outra embarcação com destino à Europa naufragou na costa da Líbia. Pelo menos cinco pessoas se afogaram no naufrágio.
Desde o início da semana, pelo menos 38 embarcações e mais de 6 mil pessoas foram resgatadas nas águas do Mediterrâneo. Segundo a OIM, 11 mil pessoas foram salvas desde o início do mês na região, e 39 mil desde o início do ano, um número similar ao registrado no mesmo período, no ano passado.
Embora o acordo entre a União Europeia e a Turquia tenha reduzido a imigração para a Grécia, nenhuma medida conseguiu reduzir até agora as tentativas dos imigrantes de chegarem à Europa cruzando o Mediterrâneo a partir da Líbia.
A maior parte dos refugiados na região vem de países da África Subsaariana como Nigéria e Somália, e de países com regimes opressivos como Gâmbia e Eritreia. Os sírios, que representavam o principal grupo na rota do Mediterrâneo em 2014, têm enfrentado cada vez mais dificuldades para chegar à Líbia.
Fonte: O Globo