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20/04/2018

Joesley diz que pagava mesada de R$ 50 mil a Aécio, segundo jornal

Foto: Cristiano Mariz / VEJA e Danilo Verpa / Folhapress

Em complemento a acordo de delação premiada, empresário aponta que contratos de publicidade com rádio de Senador eram fachada

Contratos de publicidade entre a JBS e a rádio Arco Íris, afiliada da rede Jovem Pan em Belo Horizonte, eram fachada para o pagamento de uma “mesada” do empresário Joesley Batista ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

 

É o que disse o empresário da JBS em complemento feito em acordo do seu acordo de delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR).


O pagamento, de 50.000 reais, era “para o custeio mensal das despesas” do senador tucano, de acordo com o empresário. Junto com o depoimento, Joesley entregou dezesseis notas fiscais emitidas pela rádio Arco Íris – na qual Aécio era sócio da irmã, Andrea Neves – que trazem a JBS como a empresa contratadora da publicidade.


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O empresário diz que não sabe se em algum momento foram veiculadas publicidades do seu grupo, mas que a finalidade dos pagamentos, que somaram 864.000 reais, era pagar propina à família do senador tucano.

 

Nesta semana, Aécio Neves se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de pedir 2 milhões de reais em propina ao mesmo Joesley, a partir de gravações de áudio feitas pelo empresário.

 

 Aécio Neves é réu no STF acusado de pedir 2 milhões de

reais em propina a Joesley

 

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Neste caso, Aécio diz que o valor – pago em dinheiro vivo, em quatro parcelas semanais de 500.000 reais – era um empréstimo pessoal pedido por ele a Joesley para arcar com o custo de sua defesa em processos da Operação Lava Jato.

 

Ele também argumentou que negociava com o empresário a compra de um apartamento, avaliado em 40 milhões de reais, que pertence à sua mãe e fica no Rio de Janeiro.

 

Aécio diz que o valor de quatro parcelas semanais de

500.000 reais era um empréstimo pessoal


Joesley Batista e outros seis executivos do grupo J&F, que controla a JBS, formalizaram um acordo de delação premiada em maio de 2017. Em agosto, depois da revelação da existência de omissões nos depoimentos, o empresário fez um complemento para tentar manter o acordo.


Defesa


O advogado de Aécio, Alberto Toron, afirmou que Joesley se aproveita de “uma relação comercial lícita” para “forjar mais uma falsa acusação”.

 

Toron completa que uma prova nesse sentido é a de que o último pagamento da JBS à rádio Arco Íris foi feito em junho de 2017, portanto, um mês depois da delação.

 

Defesa diz que Joesley se aproveita de “uma relação comercial lícita”

para “forjar mais uma falsa acusação” (Fotos: Reprodução)


Pela lei brasileira, acusados que discutem acordos de colaboração não podem cometer novos crimes a partir do início das negociações.


A rádio Arco Íris, também ao jornal, questionou o relato de Joesley, dá “caráter político a uma relação estritamente comercial, comprovadamente correta, legal e legítima na prestação de serviços publicitários”. A relação comercial está evidenciada, diz, em e-mails trocados entre o seu setor de marketing e empresas do grupo J&F, em especial Vigor, Itambé e Seara.

 

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