BHP-Billiton e Vale terão até abril de 2018 para fechar acordo
A Justiça brasileira deu mais tempo, até abril de 2018, às mineradoras BHP-Billiton e Vale para negociar as indenizações pelo deslizamento de terra que arrasou várias cidades de Minas Gerais, entre elas Mariana em 2015, anunciou nesta terça-feira a companhia anglo-australiana.
O desastre — maior acidente ambiental na história do Brasil — deixou 19 pessoas mortas após o rompimento de um dique que continha aproximadamente 40 milhões de metros cúbicos de resíduos de mineração da empresa Samarco, propriedade da Vale e da anglo-australiana BHP-Billiton.
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A Samarco deve pagar R$ 155 bilhões em indenizações e gastos de limpeza da zona afetada. Trata-se do valor exigido pelo Ministério Público Federal. Processos da União e de outros setores somam mais R$ 20 bilhões em ações.
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"Samarco, Vale, BHP Brasil e os procuradores federais (...) pediram e foi acordado pela 12ª corte federal, outros 150 dias, até 20 de abril de 2018, para que as partes continuem negociando as demandas civis", informou a BHP-Billiton em um comunicado.
Escombros de habitação em Paracatu de Baixo, distrito de Mariana destruído há
dois anos pela lama de rejeito de minério da Samarco
(Foto: Ana Branco / Agência O Globo)
A tsunami de lodo provocada pelo deslizamento também deixou milhares de pessoas sem água e se espalhou por mais 600 quilômetros, até o Atlântico. Em sua passagem, a fauna e a vegetação foram devastadas. As mineradores já haviam recebido da Justiça, em junho, uma extensão de quatro meses para negociar um acordo das ações civis públicas movidas pela União e pelo Ministério Público Federal.
O presidente executivo da BHP, Andrew Mackenzie, reconheceu no começo deste mês que "ainda há muito por fazer" nas tarefas de reabilitação, mas ressaltou que os programas ambientais estão "funcionando bem".
O Globo