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Bizarro
17/04/2019

Levantamento demonstra o crescimento exponencial de mortes por selfie em ambiente outdoor

Foto: Reprodução

De acordo com a teoria freudiana da psicanálise, é normal, e até esperado, que o narcisismo esteja presente no desenvolvimento

De acordo com a teoria freudiana da psicanálise, é normal, e até esperado, que o narcisismo esteja presente no desenvolvimento de todos nós. Porém nos dias atuais o narcisismo agora está, literalmente, matando em forma de selfies.

 

As selfies nascem da intenção de se expor, não somente de fazer um autorretrato, mas da busca pelo elogio e olhar da outra pessoa para ser admirado, reconhecido, e assim, amado. O indivíduo que terá muitas curtidas e elogios realmente se sentirá melhor (caso sobreviva)?

 

Um relatório publicado pelo Journal of Family Medicine e Primary Care, revelou que nada menos do que 259 pessoas morreram entre 2011 e 2017 enquanto ficavam na frente da câmera. O motivo: tirar uma selfie que ficasse bonita na rede social. Somente na Revista Blog de Escalada, foram reportados nada menos do que cinco acidentes fatais somente no último ano. O crescimento do narcisismo, aliado à falta de prudência das pessoas, vitimiza o turista que anseia mais a selfie do que propriamente o passeio.

 

 

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No levantamento, aproximadamente 72,5% do total de óbitos ocorreram com pessoas do sexo masculino e 27,5% do feminino. O maior número de incidentes e mortes por selfie foi registrado na Índia, seguido pela Rússia, EUA e Paquistão. As principais razões para as mortes causadas por selfies são: afogamento, transporte e queda. O fator mais preocupante é ainda mais assustador: grande parte das mortes é por causa do comportamento de risco da pessoa. Este comportamento de risco causou mais mortes e incidentes em selfies do que comportamentos não arriscados. Por comportamento de risco entenda que é uma má avaliação do que é arriscado e imprudente no momento da foto.

 

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A síndrome da superioridade ilusória, que atinge muitas pessoas hoje em dia, parece ser determinante para entender estes acidentes. Para se ter uma ideia, para a categoria transporte citada acima, é majoritariamente acidentes devido ao clique em frente a um trem em movimento. Uma outra curiosidade: a maioria das mortes relacionadas à selfie por causa de armas de fogo ocorreu nos EUA. No geral, o número total de vítimas fatais e acidentadas é mais alto para a faixa etária de 10 a 19 anos. A faixa etária de 20 a 29 é a segunda mais alta. Os números diminuem à medida que a faixa etária aumenta. A sensação do jovem de que “não vai acontecer comigo” pode ser fatal.


Exemplos não faltam, mas talvez o caso mais icônico seja da modelo que fazia trekkings com o mínimo de equipamento para tirar selfies de biquíni no cume das montanhas. Atualmente o fenômeno do selfie, e seus perigos são abordados por diversas obras.

 

Uma boa referência para compreender o fenômeno é o livro How the West Became Obsessed, que mostra que todos possuem um narcisismo exagerado e exacerbado nos dias de hoje. A teria abordada no livro foi corroborada em um estudo recente publicado na revista Psychological Science, no qual os pesquisadores entrevistaram pouco menos de 3.000 norte-americanos e descobriram que muitos deles têm uma visão ampla e imprecisa da importância do papel do estado que mora na história dos EUA. Fenômeno como “narcisismo coletivo” (se acha mais do que é). Algo semelhante ao que acontece com os brasileiros quando o assunto é futebol.

 

Blog de Escalada

Fotos: Reprodução


O problema, segundo os especialistas, é o que acontece dentro do nosso cérebro enquanto tiramos uma selfie. O ato de imprudência é fruto de atenção seletiva ou desatenção temporária. Este ato acontece porque nosso cérebro não consegue processar todos os estímulos recebidos ao mesmo tempo. Portanto ele faz escolhas sobre o que devemos privilegiar e ignorar. Esta atenção seletiva acontece quando tiramos uma selfie, pois estamos focados na câmera e não necessariamente no que está ao nosso redor ou onde estamos estamos colocando nos deslocando.

 

O melhor, portanto, é começar a refletir qual o melhor momento de tirar a selfie e, claro, se ela é realmente necessária. Estar vivo para contar histórias, compartilhar lembranças e viver outras situações é muito mais importante que somente ter uma foto que irá ganhar várias “curtidas” dos amigos e, infelizmente, de robôs de “fábrica de likes”. 

 

R7

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