Candidata lembrou que deputado estava cercado por policiais e seguranças armados
A candidata Marina Silva (Rede) disse neste domingo que o ataque contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) desmoralizou sua proposta de flexibilização do porte de armas. A ex-senadora, que fez uma caminhada na Mooca nesta manhã, lembrou que o candidato, quando sofreu o atentado, estava cercado por policiais e seguranças pessoais, todos armados.
- Eu estou andando o Brasi inteiro, eu vejo que cada vez mais homens e mulheres já descobriram que violência não constrói nada, que violência por violência não protege a vida, não protege as nossas famílias - disse Marina, antes de destacar que Bolsonaro, que defende a liberação das armas de fogo, tinha "vários PMs, polciais federais e seguranças" armados e que, mesmo assim, "uma pessoa com uma faca se aproximou dele e quase fez uma atrocidade".
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Na semana passada, Marina já adotara o discurso de que o atentado sofrido pelo candidato do PSL poderia ser ainda pior caso sua principal proposta fosse levada a frente.
- Essa proposta está desmoralizada na prática. O discurso de que cada pessoa vai se defender com suas próprias mãos não funciona. E não funcionou nem para protegê-lo - disse Marina.
A candidata da Rede foi a principal prejudicada nas pesquisas de intenção de voto após a entrada do candidato do PT, Fernando Haddad, na disputa. Marina, que aparecia com 16% da preferência do eleitorado nos levantamentos feitos no início da campanha, perdeu metade do seu eleitorado e caiu para 8% segundo a pesquisa divulgada pelo Datafolha na última sexta-feira.
Neste domingo, a ambientalista disse que ainda há muita água a passar por debaixo da ponte, mas afirmou que não mudará seu discurso.
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- O Brasil está diante de um grande desafio: vai entrar pelo caminho das promessas mentirosas, de 2014, que a Dilma e o João Santana fizeram e depois o Brasil foi para o buraco? Vai pelo caminho de dizer que a corrupção não tem problema na lógica do rouba, mas faz? O Brasil precisa firmar cada vez mais uma convicção de passar o Brasil a limpo, de não permitir que nenhum daqueles que são contra a Lava Jato voltem ao poder - disse.
O Globo