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12/11/2018

Melania versus Ivanka: conheça a disputa de primeira-dama e 'primeira-filha' por espaço

Foto: Reprodução

Relação de mulher e conselheira de Donald Trump indica delicado equilíbrio de funções na equipe presidencial

Quando o chefe de gabinete de Melania Trump anunciou em uma reunião de equipe, meses atrás, que a primeira-dama dos Estados Unidos partiria para a África em sua primeira viagem solo no exterior, assessores de Ivanka Trump, sua enteada, enviaram de volta uma mensagem: a filha de Donald Trump estava planejando sua própria viagem à África, mas apenas não a havia anunciado ainda.

 

Melania Trump passou cinco dias no mês passado em Gana, Malawi, Quênia e Egito, em viagem que gerou cobertura positiva, coroada com um glamuroso especial de TV. E em breve a filha mulher mais velha do presidente e conselheira sênior seguirá o exemplo, ao viajar para a África com o senador Lindsey Graham, um dos mais leais defensores de Trump.

 

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Madrasta e enteada deram diferentes razões para seu interesse no continente, o qual Donald Trump, que usou um palavrão para descrever países africanos, ainda não visitou. Melania Trump usou a viagem para sublinhar a pobreza e sua iniciativa "Be Best" (Seja Melhor), enquanto a viagem de Ivanka Trump, agendada provisoriamente para janeiro, vai mostrar seu papel como um informal elo com membros do Congresso e seu interesse no empoderamento econômico.

 

Mas as visitas concorrentes também sugerem o delicado balanço que a equipe da Casa Branca enfrenta ao gerir as atividades da primeira-dama e da conselheira sênior do presidente, que abraçou o título de "primeira-filha".

 

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De todo modo, as duas mulheres têm dinâmica complicada, e coexistem com pouca sobreposição em seus papéis. Mas elas não foram anfitriãs de uma iniciativa conjunta realizada exclusivamente por seus staffs desde que Melania Trump se mudou em tempo integral para a Casa Branca, no ano passado, depois de passar os primeiros meses da administração do marido com o filho em Nova York. Elas raramente apareceram juntas. E elas claramente veem suas funções de forma diferente.

 

 

Melania Trump, de 48 anos, prefere ficar em profunda privacidade. Ivanka Trump, de 37, buscou desde os primeiros dias da administração de Trump definir seu papel como conselheira e formuladora de políticas, reivindicando um escritório na Ala Oeste, onde o presidente e sua equipe estão, depois de relatos de um escritório familiar sendo construído na Ala Leste, tradicional domínio da primeira-dama.

 

Enquanto expandia sua própria presença na Casa Branca, Ivanka Trump definiu, por vezes, intencionalmente ou não, o papel de sua madrastra em mais limitados termos.

 

Amigos dizem que ela se irritou quando recebeu perguntas que enxergava mais tradicionalmente ligadas a responsabilidades da primeira-dama — entre amigos, ela negou que estaria envolvida nos esforços de preservação da Casa Branca, e deixou claro que estava lá para trabalhar em questões políticas substanciais, um movimento que alguns aliados dizem ter sido por deferência a Melania Trump.

 

Influência sobre o presidente

 


Filha e mulher têm influência no presidente, mas a exercitam de forma diferente. No começo do ano, a primeira-dama, que fez questão de dizer que está disposta a discordar do marido, falou publicamente sobre seu desconforto com a política do governo de separar crianças de seus pais após entradas ilegais nas fronteiras — e fez diversas visitas à área.

 

 

Ivanka Trump também opinou sobre o assunto, mas isso se tornou conhecido quando Donald Trump contou a um grupo de congressistas republicanas que sua filha o havia apelado para mudar a política.

 

Historiadores lutam para colocar em contexto o relacionamento entre as duas mulheres. Katherine Jellison, professora da Universidade de Ohio que estuda primeiras-damas, diz que há pouco precedente histórico para uma primeira-filha adulta e uma primeira-dama se sobreporem neste nível. O mais próximo paralelo, segundo ela, seria entre Eleanor Roosevelt, mulher do presidente Franklin D. Roosevelt, e sua mãe, Sara Delano Roosevelt.

 

"As duas tiveram grande conta de influência em FDR", destacou Jellison. "No caso de Melania e Ivanka Trump, por outro lado, às vezes uma delas está na frente, e às vezes é a outra que está na frente".

 

Como seu papel se desenvolveu, Ivanka Trump fez amigos da família saberem, nos mais claros termos, que ela está na Casa Branca para ajudar seu pai usando seu charme e seus contatos para quebrar a burocracia de Washington, principalmente no Congresso. Às vezes ela tem enfatizado sua função oficial no staff da Casa Branca durante controvérsias na Ala Oeste, outras vezes segundo filha do presidente.

 

A exemplo do pai, Ivanka Trump é agudamente ciente da cobertura jornalística sobre si: um elenco rotativo de assessores da Casa Branca frequentemente tenta dar crédito a ela por questões em que ela trabalhou. Suas reuniões são transcritas em resumo pelo escritório de imprensa da Casa Branca e enviadas por e-mail a repórteres, um movimento que não é rotineiramente estendido a outros conselheiros de Donald Trump.

 

Em campanha

 


Ivanka Trump também fez campanha política com o pai, aparecendo para discursar em um comício na noite anterior às eleições do meio do mandato presidencial em Fort Wayne, Indiana. Ela às vezes serviu como substituta.

 

A primeira-dama, de sua parte, já deixou claro que não gosta de política, e esteve ausente da campanha das "midterms".

 

O interesse em política de Ivanka Trump a levou a tecer alianças com republicanos moderados, incluindo a senadora Susan Collins, do Maine, e com recém-confidentes de Trump, como Graham.

 

A família de Donald Trump sempre esteve intimamente ligada aos seus negócios, e

agora também estará em seu governo na Casa Branca(Fotos: Reprodução)

 

"Se a Sra Trump vai focar em outras coisas, este é o lugar em que Ivanka Trump pode ser útil. O presidente vai precisar que ela faça mais agora do que provavelmente já fez", destacou Anita McBride, ex-chefe de staff da primeira-dama Laura Bush.

 

 

Stephanie Grisham, porta-voz de Melania Trump, não mencionou diretamente o relacionamento entre primeira-dama e primeira-filha.

 

"O escritório da primeira-dama é focado em suas iniciativas e trabalha de forma independente", destacou a porta-voz em comunicado. "Mas nós frequentemente colaboramos com uma variedade de projetos na Ala Oeste e temos um positivo relacionamento de trabalho".

 

Um funcionário da Casa Branca que pediu anonimato insiste que não há tensão entre as duas.

 

"Como mulheres independentes e fortes, cada uma tem seu portfólio único, mas elas sempre se apoiam pessoal e profissionalmente", disse a fonte.

 

Quanto à viagem pendente de Ivanka Trump à África, assessores da Casa Branca dizem que Graham a convidou vários meses antes, mas ela reprogramou a visita para acomodar a viagem da primeira-dama e uma da Secretaria de Estado.

 

Pessoas que conhecem os detalhes da viagem contam que Bill Shine, o diretor de comunicações da Casa Branca, tem ajudado a programar a cobetura jornalística da visita. Como a da primeira-dama, também deve incluir um especial de TV. 

 

O Globo

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