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Esporte no Amazonas
10/07/2018

Mesmo tendo uma das melhores temporadas, por que Manaus não subiu para a série C?

Foto: Reprodução

Gavião teve uma das melhores temporadas da década entre os clubes amazonenses que disputaram competições nacionais, faturou o bi-Estadual, mas ficou no quase na Série D

Manaus viu o sonho do acesso para a Série C escapar pelos dedos neste domingo, quando nos pênaltis, perdeu a vaga na terceira divisão para o Imperatriz-MA, em casa.

 

O clube fez uma das melhores temporadas de um amazonense com calendário cheio, mas que também teve erros.

 

Alguns deles foram superados no meio do caminho, outros tiveram tempo para que fosse encontrada uma solução.


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Trocas no comando


O comando técnico do Manaus começou 2018 com cara nova.

 

Após o título amazonense com Aderbal Lana, o clube não conseguiu chegar a um acordo com o treinador para permanência e Wladimir Araújo, vitorioso no futebol goiano e nas divisões menores do Brasileirão, foi o escolhido para dar prosseguimento ao projeto.

 


Wladimir Araújo tinha um projeto sólido no
Manaus

(Foto: Emanuel Mendes Siqueira)

 

Em pouco tempo, aproveitando a base montada em 2017 e os jogadores indicados por Wladimir, o Manaus ganhou uma cara interessante, com uma ideia de jogo sólida, mostrada em partidas difíceis na Copa do Brasil e Copa Verde. Mas de um dia para o outro, o treinador deixou o clube.


Um tempo depois, nos bastidores, surgiu a história de que o Manaus estaria em busca da premiação por um possível avanço na Copa do Brasil (R$ 1 milhão), para trazer a família do treinador para a capital amazonense. O Gavião nunca confirmou isso de forma oficial.

 

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Com a troca, Igor Cearense, que já foi técnico interino em outros tempos, assumiu o cargo. Acabou levando o time ao título amazonense, mas teve um início ruim na Série D e voltou a ser auxiliar quando Aderbal Lana voltou ao clube.


Não que o Manaus tenha errado nas escolhas pós-Wladimir. Dar uma chance a Igor Cearense, que já tinha mostrado capacidade em outras oportunidades, foi um acerto. Perceber quando as coisas começaram a desandar no comando dele, e a chegada de Aderbal Lana, só não foi certeira por não ter sido feita antes.


O Manaus se saiu bem administrando um problema da proporção que é perder o treinador no meio da temporada por um motivo que não tem nada a ver com desempenho. O erro foi talvez ter contado com um dinheiro que ainda não era certo para concluir um projeto tão importante para o ano do clube.


As trocas podem ter sido acertadas, mas sempre trouxeram como consequência a queda no nível em algum momento em que time precisava crescer.


Lesões


A temporada mais longa que a de 2017 trouxe consequências para o Manaus. Teve lesão de tudo quanto é jeito, em tudo quanto é jogador, da zaga ao ataque. A maioria dos lesionados eram titulares, importantes para a estrutura da equipe.

 

Após operar o joelho, o meia Hamilton, que era um dos pilares do time, passou dois meses sem jogar, voltou só nos últimos jogos da Série D, e não conseguiu se encontrar na forma de jogar da equipe, que já estava até com outro treinador.

 


Jonathan, goleiro do Manaus, se lesionou no jogo que

valia o acesso (Foto: Marcos Dantas)

 

A última das lesões que atrapalharam o Manaus foi a do goleiro Jonathan, que em campo, machucou o ombro numa dividida e não participou da disputa de pênaltis após ter sido o destaque da equipe justamente numa série de cobranças, na fase anterior. Nesse quesito, faltou mais sorte ao Manaus.


Falta de criatividade


O Manaus passou dois meses sem Hamilton e se virou muito bem. Conseguiu chegar ao título amazonense, e foi avançando aos trancos e barrancos na Série D. A experiência de Lana o fez perceber e avisar que toda a expectativa em cima da volta do craque poderia ser frustrada, afinal, tratava-se de um jogador voltando de lesão. Dito e feito.

 

Hamilton voltou ao Manaus, mas não lembrou em nada o jogador que se tornou um ídolo pelo futebol apresentado. Culpa dele? Não, afinal, tratava-se de um jogador voltando de lesão e ainda em recuperação.

 


Com Hamilton em campo, ironicamente o Manaus viu abafada boa

parte de sua criatividade (Foto: Antônio Assis / FAF) 


O problema foi que a presença de Hamilton em campo muitas vezes limitou as ações do Manaus, que num momento de desespero, procurava o craque numa bola aérea na entrada da área, jogada que virou uma marca do time com seu "camisa 10" em campo.


Não que Hamilton não seja importante. Quando se tem um bom jogador no time, é sempre essencial contar com ele, mesmo que num dia ruim

 

No domingo, mesmo num dia ruim, Hamilton colocou uma bola na trave e teve um gol praticamente tirado de seus pés por um dos zagueiros do Imperatriz, mas foi sempre quando o jogo procurou Nena, por exemplo, que o Manaus conseguiu tirar coelhos da cartola e seguir vivo na disputa.

 

Globo Esporte

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