A tentativa de limpeza étnica contra os mestiços do município do Careiro da Várzea gerou uma manifestaçãio em Manaus, nesta terça-feira (29) pela manhã, em frente à sede do Ministério Público Federal (MPF), no bairro do Aleixo.
Mestiços do Careiro da Várzea, Autazes, Iranduba e Manaus protestaram contra a tentativa do Governo Federal/Funai, do MPF e de ONGs indigenistas de ampliarem indiostões ("terras indígenas") em territórios do dos mestiços já reconhecidos por leis municipais.
O protesto foi desencadeado pela expulsão do mestiço Alan Galdino de um terreno localizado no Careiro da Várzea, em uma área onde os indigenistas pretendem criar o indiostão Ponciano, que atingiria também o território mestiço de Autazes.
A presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro (Nação Mestiça), Helda Castro, destacou que os mestiços são nativos e que o território já foi reconhecido por lei.
O secretário-geral da associação mestiça, Leão Alves, denunciou como racista tentar criar territórios exclusivos para índios para evitar a mestiçagem.
Depois de protestarem frente ao MPF, os manifestantes atravessaram a rua e se dirigiram para a frente do prédio da Justiça Federal, onde o caso do mestiço está sendo julgado, e continuaram a denunciar discriminações contra os mestiços, aguardando uma audiência com a juíza Jaíza Fraxe, que está com a ação.
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