Por viverem próximos ao igarapé, quem mora no Bodozal, como é conhecido o local, reclama da falta de atenção dos órgãos públicos e, até mesmo, o descaso com as pessoas que moram em um lugar precário, insalubre, que convivem com dejetos humanos e são expos
Moradores da Comunidade da Sharp, na Zona Leste de Manaus, suplicam por ajuda do poder público para melhorar a qualidade de vida, por viveram há vários anos de maneira insalubre e todos os anos perderem quase tudo no período chuvoso da capital.
Muitos vivem à margem do igarapé, em uma área chamada de "bodozal" e reclamam da falta de atenção dos órgãos públicos e, até mesmo, o descaso com as pessoas que moram em um lugar precário, insalubre, que convivem com dejetos humanos e expostos a doenças, ratos e mau-cheiro todos os dias por vários anos.
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Para quem vive no "bodozal", já está acostumado com vários políticos andando pela área quando estão próximas as eleições, que prometem retirar quem viver de maneira insalubre para morar em casas do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), porém nada muda.
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As casas são de palafitas e os moradores têm que se
equilibrar em pontes podres para não cair dentro do igarapé
Um morador da área há mais de 5 anos, que pediu anonimato, afirma que o programa de revitalização já passou no local, prometeu retirar as pessoas, mas depois não deu continuidade. “Nós vivemos do jeito que dá, temos água e luz de má qualidade. A energia é precária por causa dos gatos de energia que fazem para poder ter luz em casa, os canos de água passam por dentro do igarapé, então ela é de péssima qualidade. O Prosamim já passou por aqui, cadastrou as pessoas da área e depois mais nada, continuou do jeito que está”, denuncia.
Lixo, imóveis em péssimas situações, são comuns para quem vivem na área,
habitualmente crianças passam pelo local correndo o risco de cair ou pegar alguma doença
Os moradores vivem de maneira insalubre, mas a situação piora quando inicia o período chuvoso da capital. “No período de chuvas, perdemos o que já não temos, as casas são de palafitas então não suportam as águas e nem quando enche o igarapé, mas, também, quando dá muito sol sobe o mau-cheiro do lixo, dos dejetos humanos e não dá vontade nem de comer, saímos de casa, queríamos morar em outro lugar, mas só isso que nós temos”.
O mau-cheiro é diário e piora nos dias quentes (Fotos: Divulgação)