17 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Mulher
13/05/2018

Mulheres dividem amor de mãe entre filhos e pets. CONFIRA!

Foto: Reprodução

O lhasa-apso Dengo, 2, conquistou de vez Jussiara. “Tenho preocupação de mãe com ele”, resume.

A pouca vontade da analista de sistemas Jussiara Rocha de Figueredo, 46 anos, em ter um pet foi por água abaixo logo depois que conheceu a ninhada da lhasa-apso da mãe.

 

Ali, descobriu um amor incondicional que só tinha vivido 25 anos atrás, depois que se tornou mãe da universitária Geovana Rocha de Figueiredo Santos. O lhasa-apso Dengo, 2, conquistou de vez Jussiara. “Tenho preocupação de mãe com ele”, resume.

 

Jussiara diz que Geovana age como irmã mais velha e morre de ciúmes do“caçula”. Acha exagerado o tratamento que a mãe dá ao mascote. Mas há muito amor entre os dois. Enquanto a jovem não chega em casa, Dengo não para quieto. Fica à espera dela para curtir a irmã. “Dengo adora o quarto da Geovana.”

 

Veja também 
 
Pesquisa comprova: escolher bem as amizades lhe faz mais feliz
 

A rotina de cuidados com Dengo é a de um filho. Todos os dias, antes de sair para o trabalho, Jussiara lava o cantinho do pet fazer as necessidades; troca a água — sempre filtrada e, se estiver calor, gelada —; leva para passear; dá ração (sem conservantes) e brinca bastante com o filho de quatro patas. Dengo ainda dorme entre ela e o marido na cama.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter.

 

Na hora de viajar, quando podem optar, sempre vão de carro para levar o fiel companheiro. Jussiara já fez até um book fotográfico de Dengo. “Meu irmão me criticou. Disse que era frescura e que cachorros não ligam para isso. Mas não me importo!”, relembra.

 

Como toda mãe zelosa, Jussiara conhece bem as reações do pet. “Quando está trovejando, ele fica amuado e com medo. Quando passa, fica todo alegre e volta a brincar. Dengo me ensinou a amar.” Para a analista de sistemas, ser mãe de Dengo e de Geovana tem suas diferenças e complexidades.“Mas o sentimento de proteção é o mesmo”, resume.

 

De fato, a relação afetiva entre homens e cachorros é muito mais profunda do que parece. Em 2015, a Revista Science divulgou uma pesquisa explicando esse vínculo. Cientistas descobriram que a substância liberada no cérebro quando humanos e cães se olham, chamada de ocitocina, é a mesma emitida entre pais e filhos.

 

Família é família

 

Além dos dois filhos adolescentes, Evelin Nepomuceno se considera mãe de Lili e Marley.

( Foto: Reprodução )


A empresária Evelin de Melo Moraes Nepomuceno, 43, é mãe de dois adolescentes — Rayane Moraes Nepomuceno, 17, e Rafael Moraes Nepomuceno, 18 — e de dois dachshund, Lili, 6, e Marley, 1 ano e 8 meses. “Somos uma família e amamos uns aos outros”, orgulha-se.

 

Por ser o mais novo, Marley é o que leva mais energia para a família. Ele tem uma zebrinha de pelúcia com a qual anda para cima e para baixo. Pela manhã, quando acorda, pega o brinquedo e vai de quarto em quarto para ver se todos estão em casa. “Se alguém sai e ele não vê, fica triste. Segue todos nós por todos os cantos.”

 

Evelin fala que os filhos mimam mais os cães que os próprios pais. Principalmente Rayane. Por isso, diferentemente, da família de Dengo, não rola ciúmes entre os “irmãos”. “Eles tratam Marley e Lili como bebês”, garante a empresária. Muitas pessoas julgam a forma como eles cuidam dos cachorros, acham que estão perdendo tempo, que é coisa de quem não tem o que fazer. Evelin diz que não liga para os comentários. “Sempre com olhar, os bichos nos dizem: ‘te amo’. Essa é nossa família!”

 

Sem exageros


Marília Soares Arantes, psicóloga especialista em transtornos mentais da Corpuss Estética Avançada, explica que os animais fazem parte de processos terapêuticos e de inclusão. E ajudam pessoas tímidas e com dificuldade de socialização. Marília conta ainda que alguns estudos mostram que os pets aliviam o estresse e a ansiedade da vida contemporânea.

 

“Eles estão de prontidão, na porta, esperando seus tutores. Fazem festa quando os veem, comemoram a chegada dos donos abanando os ‘rabinhos’. Como não se desestressar com isso?”, argumenta a psicóloga. Marília, porém, lembra que é preciso ter cuidado para não fazer confusão. “Cão deve ser cão. Não se pode colocá-lo para fazer coisas de humanos.”

 

Para Lívia Dreer, médica veterinária especialista em odontologia, todo o excesso de mimo faz mal ao bicho. Mas ela não vê problemas quando os tutores resolvem, por exemplo, fazer aniversário de pets, realizar um book fotográfico ou vesti-los com roupinhas. “Isso depende da decisão de cada um. Se tiver dinheiro para fazer tais paparicos, qual é o problema?”, justifica.

 

Para a veterinária, carinhos nunca são demais. A “humanização” do animal é que está vetada. Os cachorros precisam brincar, correr e gastar energia. “Aqui na clínica, estamos recebendo muitos problemas relacionados ao emocional, como cães depressivos e ansiosos, problemas que não são naturais nesses animais. Isso por conta dessa humanização que está acontecendo”, alerta. 

 

Correio Braziliense

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.