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25/09/2016

Murilo Benício fala sobre Débora Falabella: ‘A química entre nós existe’

Foto: Reprodução / O Globo

Namorados há 4 anos, atores estreiam série que retrata o surgimento da TV no Brasil

O vendedor de aparelhos de rádio que se torna empresário e implementa a televisão no Brasil; a estrela que perde os papéis das mocinhas para uma atriz mais jovem; o protagonista das radionovelas com dificuldade para conseguir trabalho na TV por ser negro; e o galã que esconde ser gay. Ambientada entre as décadas de 1940 e 60, a série “Nada será como antes” mescla histórias reais com personagens fictícios ao retratar, em 12 episódios semanais, a criação e os primeiros anos da TV brasileira.


— A série também fala muito da TV de hoje — diz Guel Arraes, criador da atração com Jorge Furtado. — A trama é de época, mas conversa com o nosso tempo. Tratamos de celebridades, da fama e de escândalos. Não ficamos presos apenas aos fatos históricos.


Com roteiro de Arraes, Furtado e João Falcão, direção artística de José Luiz Villamarim (o mesmo de “Justiça”, sucesso encerrado na sexta passada) e direção de fotografia e iluminação de Walter Carvalho (leia artigo dele abaixo), a série estreia nesta terça, dia 27, às 22h20m, na Globo. E joga luz sobre um tema pouco explorado pela dramaturgia.

 

Saulo (Murilo Benício): Homem visionário, começa como vendedor de aparelhos

de rádio e consegue se tornar um grande empresário, o dono da Rádio e da

TV Guanabara. Tem Verônica como seu grande amor (Foto: Divulgação)



— Quantos filmes sobre Hollywood já foram feitos? Tenho a impressão de que a gente não se orgulha o bastante da nossa TV. Havia um certo complexo de vira-latas. É curioso que não tenhamos feito mais programas sobre esse assunto. A TV tem 60 anos no Brasil, só a Globo tem 50! Nossa TV é realmente a Hollywood brasileira — defende Guel.


A televisão foi inaugurada no Brasil em 18 de setembro de 1950, por Assis Chateaubriand, que fundou o primeiro canal, a TV Tupi, em São Paulo. Em “Nada será como antes”, esse papel cabe ao visionário Saulo (Murilo Benício), criador da TV Guanabara. Ele é um vendedor de rádio que se encanta pela voz da locutora e atriz de radionovelas Verônica (Débora Falabella), na década de 1940. Dez anos depois, os dois estão casados e vivem no Rio de Janeiro. Ele é dono e ela a grande estrela da Rádio e da TV Guanabara.


— Procuramos ser fiéis aos acontecimentos históricos, políticos e sociais — conta Jorge Furtado. — As licenças poéticas dizem respeito à cronologia da criação dos programas. Por exemplo: as telenovelas diárias só apareceram nos anos 1960, mas nossos personagens estão um pouco à frente do seu tempo.


Mais acostumado ao humor, o trio de autores mantém uma parceria na TV desde “A comédia da vida privada” (1995-1997).

 

Verônica (Débora Falabella): Ao lado de Saulo, se transforma em uma famosa

atriz de rádio e, depois, das telenovelas. Mãe solteira, enfrentará o

preconceito da sociedade (Foto: Divulgação / TV Globo)

.
— Eu e Jorge apanhamos um pouco. A gente escrevia o texto e tinha muita piadinha. O João foi importante para dar o tom dramático — acrescenta Arraes.


Para criar a história de Saulo e Verônica, casal que entra em crise e se separa logo no primeiro episódio, os roteiristas se inspiraram na linguagem melodramática dos folhetins.


— A referência às telenovelas é explícita. Tenho muito interesse nessa linguagem — diz.


Namorados há quatro anos, desde que contracenaram em “Avenida Brasil” (2012), Murilo e Débora interpretam um casal pela primeira vez na ficção.


— A gente teve medo de ficar com cerimônia. Só que todo esse medo não se apresentou em momento algum no set. A química entre nós existe. E isso não nos ajuda apenas na hora de beijar, mas está presente nas cenas de briga e reconciliação — aposta Murilo.


Personagem meio Leila Diniz

 


Beatriz (Bruna Marquezine) (Foto: Divulgação / TV Globo)


Foi ideia de Débora o cabelo armado (inspirado em Marcello Mastroianni) que Murilo usará na série. Para compor Saulo, o ator diz que projetou a voz de forma metálica, o que o ajudaria a soar mais persuasivo. Ele surge em cena ainda com óculos de armação grossa “para ter um ar nerd”.
Já Débora passa por várias fases: de estrela maior a mãe solteira que enfrenta o preconceito da época.


— Aos poucos, a personagem começa a ter uma consciência de sua questão feminina. E vai abandonando o glamour da TV — adianta a atriz.
— Durante muito tempo fiz personagens um pouco mais novas do que eu — lembra Débora. — Estou há 15 anos na televisão e agora tenho vivido mulheres da minha idade (37 anos). Eu também vejo as jovens entrarem na TV e assumirem os papéis que já fiz.



Um dos conflitos de Verônica será a chegada de Beatriz (Bruna Marquezine), ex-dançarina de boate que se torna uma atriz famosa.
Beatriz também terá destaque na série. Ela se envolverá num triângulo com os irmãos Otaviano (Daniel de Oliveira) e Julia (Letícia Colin). E mais adiante irá se relacionar com o músico Davi (Jesuíta Barbosa).


— Beatriz tem um comportamento meio Leila Diniz, é avançada para a época — diz o diretor José Luiz Villamarim.
 

Fonte: O Globo

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