O "dinossauro Frankenstein", mais precisamente chamado Chilesaurus, intrigou especialistas quando foi descoberto, há dois anos.
Cientistas dizem ter resolvido o mistério sobre o chamado "dinossauro Frankenstein", um esqueleto encontrado no Chile em 2015 que parecia ser composto de partes de espécies diferentes.
Um novo estudo sugere que ele é, na verdade, o elo perdido entre dinossauros herbívoros, tais como o estegossauro, e dinossauros carnívoros, como o tiranossauro.
A descoberta lança luz sobre a evolução do grupo de dinossauros conhecidos como ornitísquios.
Veja também
Acidentalmente, cientistas criam galinha com cara de dinossauro
O estudo foi publicado no periódico Royal Society Journal Biology Letters.
Matthew Baron, estudante de doutorado da Universidade de Cambridge, explicou à BBC que sua pesquisa indica que o "dinossauro Frankenstein" foi um dos primeiros ornitísquios, um grupo que inclui animais mais conhecidos, como o chifrudo tricerátops e o estegossauro, que tem placas ósseas nas costas.
"Não temos ideia nenhuma de como o corpo dos ornitísquios começou a se desenvolver porque eles parecem muito diferentes de todos os outros dinossauros. Eles têm várias características incomuns", afirmou o cientista de Cambridge.
"Nos 130 anos desde que o grupo dos ornitísquios foi inicialmente reconhecido, nunca tivemos noção sobre a aparência deles, pelo menos até agora."
Dinossauro tem o tamanho de um cachorro (Foto: Reprodução)
O "dinossauro Frankenstein", mais precisamente chamado Chilesaurus, intrigou especialistas quando foi descoberto, há dois anos.
Ele tinha as pernas de um animal como o brontossauro, os quadris de estegossauro e os braços e o corpo de um animal como o Tiranossaurus rex.
Cientistas simplesmente não sabiam onde posicioná-lo na árvore genealógica de dinossauros.
Na árvore genealógica aceita atualmente, sempre se acreditou que o grupo de ornitísquios não estaria ligado aos outros grupos de dinossauros.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter.
Paleontólogos viam essas criaturas como um caso à parte. Mas uma revisão dessa árvore genealógica, proposta por Baron em março no periódico científico Nature, sugere que os ornitísquios estavam mais próximos de carnívoros como o tiranossauro do que se pensava anteriormente.
E foi após essa reconfiguração da árvore genealógica que permitiu que o "dinossauro Frankenstein" passasse de enigma a elo perdido.