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Política no Amazonas
15/03/2019

O carnaval passou, mas o governo ruim continua, afirma deputado Dermilson Chagas

Foto: Reprodução

O deputado Dermilson Chagas (PP) manifesta sua revolta com as ‘desculpas’ que o atual governo do Amazonas têm dado para não realizar obras e serviços emergenciais

 

Indignando com a lentidão que o governo de Wilson Lima vem tratando as necessidades do povo amazonense.

 

O deputado Dermilson Chagas (PP) manifesta sua revolta com as ‘desculpas’ que o atual governo do Amazonas têm dado para não realizar obras e serviços emergenciais em artigo. Confira.


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"O ano brasileiro começa mesmo é após o carnaval, versa o dito popular. Ruim para uns, admite-se, não deixa de ser bom para muitos e até bem conveniente para outros. E não se duvide que seja essa, talvez, a principal causa a ser reclamada pelo pouco ou quase nada do que (não) foi realizado nestes primeiros 70 dias do novo governo do Amazonas.


Expor expectativas, fiscalizar e debater propostas em começo de ano, sobretudo se isso coincide com o início de novo mandato, deve exigir deste parlamentar boa dose de equilíbrio e de paciência em dobro para acompanhar e cobrar o cumprimento de tantas realizações, e não são poucas as prometidas pelo novo governo estadual.


Por tudo que tem sido oficialmente divulgado, aliás, dizem que a peso de ouro - distribuído à mídia amiga - até poderia se prever um governo menos amador, menos mentor do caos, e com mais projetos e mais ações programáticas minimamente articuladas, sabendo exatamente onde e como chegar aos prometidos à população.


Entretanto, nas promessas do tudo "novo", em substituição ao tudo "velho", "atrasado" e "fora de moda" dos últimos carnavais, ou melhor, das últimas gestões, nada parece se encaixar entre os enredos do "novo" narrados, os destaques especiais do discurso oficial, e os fatos constatados e vividos nos bailes da vida real da população, sem fantasias, sem pierrôs ou colombinas.


O carnaval acabou, lentamente o Amazonas começa a sair da ressaca momesca e descobre-se, enfim, que não se apresentaram ainda para os desfiles, as prometidas propostas de mudança radical na forma de administrar o Estado; a implementação de ações voltadas para geração de emprego e renda; a atenção e a prioridade necessárias para colocar a educação em índices menos vexatórios no IDEB, IBISA; os recursos e os esforços envidados para o surgimento de uma nova saúde, com qualidade e acessível a todos; e sem esquecer da segurança minimamente aceitável, melhor, onde o combate efetivo ao crime organizado resulte na redução importante nos números de roubos, assaltos e homicídios.


Além dos discursos vazios e dos arroubos entalados na prática - que tem unido o nada ao coisa nenhuma - certo mesmo é que tudo parece estar sendo mandado para as calendas gregas, ou pendurado nas contas das eternas e convenientes desculpas do período pré-carnavalesco, onde nada se faz. Agora é que tudo vai começar, depreende-se.


Com o staff do "novo" definido, nomeados os novos ocupantes de secretarias, subsecretarias e assessorias, tudo o que em tese deveria ter sido pensado para bem administrar um Estado mais competente, ágil e enxuto, o que se vê, infelizmente, é que o novo em nada parece estar diferente do que ele mesmo acusava existir no passado. Sem quebras de paradigmas, sem transparência, repetindo modelos e formas que antes condenava, o governo insiste nos escorregões éticos que transformam, por exemplo, contratos com dispensas de licitações em atos mais-do-que suspeitos, que podem inclusive compromer reputações antes tidas como ilibadas.


Mas, escolhido para ocupar o Palácio da Compensa, esse é o governo que temos e é dele que se deve cobrar o protagonismo para o Estado enfrentar os grandes desafios de manter e até ampliar o Polo Industrial de Manaus; de impor-se a cultura do planejamento de ações de curto, médio e longo prazos; de implementar realizações em obras e investimentos capazes de gerar oportunidades para emprego e renda; e de liderar a consolidação de uma nova matriz econômica que liberte o Estado da dependência do PIM, a partir de novas políticas para o setor primário, de exploração mineral, do gás de Silves, da abertura de novas e reconstrução de estradas como a que liga Manaus a Itacoatiara, dentre muitas outras ações hoje consideradas imprescindíveis.


Ademais, não se pode esquecer das boas expectativas criadas em torno da Secretaria de Produção Rural (Sepror), amparada hoje por um orçamento milionário, quadruplicado em relação aos anos anteriores. Sem dúvida, uma esperança de bons resultados que poderão advir das novas atividades produtivas previstas para o interior, com fomento e melhor assistência técnica tão necessários ao desenvolvimento dos demais 61 municípios do Estado. Enfim, com os recursos disponíveis, parecem superados os obstáculos que impediam a realização do Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE) e do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), é o que se espera.


Para 2019, o novo governo tem um expressivo orçamento de mais de R$ 17 bilhões, o maior de todos os tempos, e não se pode ficar alegando eternamente falta de recursos para administrar o Estado. O que falta mesmo, até agora, é gestão de qualidade. Os dados sobre arrecadação, aliás, já mostram um superávit nos primeiros meses do ano, janeiro e fevereiro, em mais de R$ 300 milhões, podendo ainda, a título de melhor alocar os recursos, remanejar até 40% do orçamento e contingenciar 20% de cada secretaria, com redução de contratos, cargos comissionados, diárias e passagens desnecessárias.


Por fim, é fundamental que o governo também se digne a informar à população, os custos e os benefícios da contratação do Movimento Brasil Competitivo - MBC, encarregado de fazer o planejamento e de propor a reforma do Estado. Analisando documentos e informações desde a transição, e passado o carnaval, já há propostas de caminhos a seguir, métodos, ações e projetos capazes de reduzir o caos na saúde pública, por exemplo? E a confusão generalizada causada pela ausência de gestão administrativa?

 

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Como parlamentar e como cidadão, não faço coro com o pior. Ao contrário, torço por um Estado forte, desenvolvido, próspero, com alimento farto na mesa, saúde e segurança para todos", conclui Dermilson Chagas.

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