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05/10/2017

O que você sabe sobre Pazuzu, o demônio aterrorizante de “o exorcista”?

Mesmo que você não seja especialmente fã de filmes de terror, é bem provável que você tenha assistido ao clássico “O Exorcista”, de 1973.

 

O longa está baseado em um livro de mesmo nome de William Peter Blatty — que também foi autor o roteiro — e conta a história da possessão demoníaca de Regan MacNeil, uma menina de 12 anos, e da aterrorizante luta para livrar a garota das garras do mal.

 

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O enredo é bastante conhecido de todos — uma vez que Blatty se inspirou no caso real envolvendo o exorcismo de um garoto de Maryland —, mas nem todo mundo se recorda do nome da entidade demoníaca antagonista do filme, muito menos sabe das origens desse espectro maligno.

 

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Para quem não lembra, o demônio que possui Regan é conhecido como Pazuzu e suas origens históricas podem ser traçadas aos antigos assírios e babilônios.

 

Príncipe do submundo

 

Você se lembra dessa cena? (Malta Today)


Pazuzu faz parte de mitologia suméria, e sua origem remonta a cerca de mil anos a.C. Filho do deus Hanbi, rei dos habitantes do submundo, esse personagem era o líder dos demônios do vento, e representava, mais especificamente, o vento sudoeste, responsável por trazer a seca e a fome, assim como as tempestades. Sendo assim, era comum que os antigos assírios e babilônios alternassem entre temer e pedir ajuda a Pazuzu.

 

O curioso é que as súplicas a Pazuzu não se limitavam apenas a questões climatológicas. Esse espectro, apesar de ser claramente maligno — afinal, o que mais esperar do filho do rei do inferno, né? —, era invocado para proteger as mulheres durante a gravidez.

 

Isso porque, segundo as crenças que circulavam na Mesopotâmia, as grávidas ficavam expostas aos ataques de uma deusa sinistra chamada Lamashtu (que era ninguém menos que a esposa de Pazuzu), e era ele quem entrava em cena para combater essa “demônia” nervosa.

 

Híbrido

 

Olha ele ali! (Gorillaz Wiki)


Com relação à aparência de Pazuzu, estatuetas, figuras e amuletos que sobreviveram à passagem do tempo retratam esse demônio como tendo corpo humano, mas revestido de escamas, com garras de águia no lugar dos pés e cabeça de cão ou leão. Além disso, ele era dotado com um par de asas e cauda de escorpião.

 

Outra coisa sobre as representações de Pazuzu, é que elas costumavam mostrar o demônio com a mão direita para cima e a esquerda para baixo, simbolizando criação e destruição — ou, ainda, vida e morte.

 

Os historiadores acreditam que na Bíblia existem descrições de várias bestas que possivelmente foram inspiradas em personagens como Pazuzu, oriundos de outras crenças (e não da judaico-cristã).

 

 

Ele sofreu algumas transformações ao longo do tempo

 

No entanto, de acordo com os historiadores, Pazuzu mudou bastante ao longo dos séculos e o primeiro registro que existe dele se refere a um mito babilônio onde ele é chamado de Anzu — ou Zu.

 

Na lenda, essa figura era descrita como um pássaro imenso capaz de cuspir água e fogo, mas, pouco a pouco, o personagem foi evoluindo até se transformar no demônio que descrevemos acima.

 

Poderes ambíguos

 

Figura retratando Pazuzu ( Fotos: Reprodução )


Ademais de ter poder de lançar fenômenos meteorológicos capazes de causar destruição, fome e a invasão de pragas, bem como de proteger grávidas e parturientes do ataque de sua esposa maluca (e que obviamente não gostava de bebês), Pazuzu também costumava ser invocado para defender os doentes e espantar espíritos malignos.

 

Na Antiguidade, era comum que as pessoas atribuíssem as mais variadas doenças e males à ação de espectros e demônios, e arqueólogos encontraram diversas plaquinhas de proteção que traziam invocações a Pazuzu.

 

Esses objetos frequentemente eram colocados nos locais que abrigavam os doentes e serviam tanto para pedir que o demônio levasse a doença embora e ajudasse na recuperação do paciente, bem como para que ele impedisse o ataque de espíritos do mal.

 

O curioso é que, apesar de ser invocado para proteger doentes e evitar males, Pazuzu também podia espalhar enfermidades. Segundo os mitos, seu hálito ardente era capaz de disseminar a calamidade e a morte, assim como infectar quem provocasse sua ira.

 

Seja como for, essa figura mitológica ambígua é bem diferente do ser aterrorizante que foi trazido às telas pelo pessoal de Hollywood, você não concorda?

 

Mega Curioso 

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