A extração das peles eram feitas em rituais de magia negras e tinha por objetivo enriquecer
A divisão de classes no século 17 era completamente extrema, o que acabou gerando inúmero conflitos ao longo da história, principalmente na Europa.
Na Islândia, não era diferente. Os camponeses sofriam muito para conseguir sobreviver na região, precisando pagar tributos caros e lidar com as adversidades naturais.
Foi com o objetivo de superar tais dificuldades que dois amigos resolveram criar um ritual de magia negra para tentar melhorar de vida.
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Eles fizeram um “pacto macabro” para quando um deles falecesse, ajudaria o outro a melhorar de vida. Quando o primeiro faleceu, o amigo resolveu utilizar a pele da parte posterior do corpo do cadáver para confeccionar uma calça, chamada de Nábrók, que ele usava constantemente.
Quando vivos, a dupla se interessava por conceitos de feitiçaria, e achava que ao realizar tal feito, poderia deixar o sobrevivente rico. Isso porque a Nábrók, segundo suas ideias, tinha o poder de atrair grande quantidade de dinheiro ao que estivesse vestindo a “roupa de pele humana”.
Existe uma réplica da Nábrók exposta no Museu de Feitiçaria e Bruxaria Islandesa, localizado em Hólmavík. Porém, não se sabe, historicamente, se realmente elas foram de fato utilizadas por pessoas, seguindo o macabro ritual famoso.
Tal acordo entre dois amigos teria sido replicado constantemente, por várias pessoas, tendo a permissão para desenterrar o corpo do amigo e confeccionar a vestimenta. Mas, apenas isso não era o suficiente. Para completar o ritual, era necessário furtar uma moeda de uma viúva que fosse extremamente pobre, durante dias de festas ou simbólicos, como Natal, Páscoa ou Finados.
Depois de furtar a moeda, ela precisaria ser colocada no escroto da vestimenta feita com a pele, junto com o Nábrókarstafur, um antigo símbolo rúnico, para que o saco escrotal estivesse sempre recheado de dinheiro.
Fotos: Reprodução
A magia seria ilimitada, ou seja, a calça poderia ser usada até o fim da vida para que a fartura fosse constante.
Nos tempos modernos e atuais, não existe notícia de um “pacto” entre amigos onde a Nábrók tenha sido confeccionada novamente ou casos onde túmulos tenham sido violados com tal intenção.
Jornal da Ciências