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17/06/2017

Pesquisa comprova que mesmo produto pode custar até 12 vezes mais

Foto: Reprodução

A variação dos valores de mercadorias semelhantes é gigantesca dentro do mesmo supermercado. Há casos em que o produto de maior qualidade chega a ser 12 vezes mais caro do que o mais barato. Pesquisar muito é a norma para economizar

A recessão fez muitos brasileiros mudarem os hábitos de consumo. A marca dos produtos passou a ser uma coisa secundária e a troca por itens similares mais baratos tem garantido as compras do mês.

 

Como não há como cortar as despesas da casa totalmente, a saída tem sido pesquisar muito e aproveitar que a variação dos preços de mercadorias semelhantes é gigantesca, até mesmo dentro do mesmo supermercado. A diferença entre o produto top e o mais barato pode chegar a 12 vezes.

 

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Essas novas práticas garantem um saldo positivo para a economia. De acordo com pesquisa divulgada do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril deste ano, as vendas do varejo subiram 1%, puxadas, principalmente, pelo desempenho do setor de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios, com aumento de 0,9%.

 

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Foto: Reprodução


Pesquisar é a norma para quem quer economizar. A servidora pública Braulita Dias, 72 anos, contou que a busca pelo menor preço é cansativa e até longa, mas o alívio no bolso vale a pena.

 

“Eu pesquiso muito. Meu marido costuma ir ao mercado todo dia para encontrar promoções e ficar de olho nos preços. Isso porque, hoje em dia, nós não conseguimos comprar tudo de uma vez.

 


Braulita Dias diz que a busca pelo menor preço é cansativa mas o alívio no bolso

vale a pena (Foto: Reprodução / Correio Braziliense)

 

Às vezes, quando vou a Planaltina visitar minha irmã, já passo nos mercados de lá para conferir os valores. A economia faz toda a diferença no fim do mês”, disse.


Pesquisa realizada pelo Correio em 36 itens prova a diferença de preços nos supermercados. O arroz da marca mais barata no Big Box, que custa R$ 13,99, é quase 40% mais caro do que o vendido no Supercei, de R$ 8,45.

 

E não é só no arroz que a distância entre os valores é grande. Pelo preço do quilo de acém no Pão de Açúcar, de R$ 26,39, é possível comprar o mesmo peso de contra-filé no Supercei, que custa R$ 16,99. E ainda sobra dinheiro para o arroz mais em conta do estabelecimento.

 


Muitos consumidores fazem a pesquisa dentro do mesmo supermercado, apenas trocando de produtos ou optando pelas promoções. A advogada Alzira Cristina de Castro, 30, afirmou que dá para fazer uma boa economia sem ter que andar muito.

 

“Como eu já sei qual o mercado mais barato da região, sempre vou lá. Mas a minha pesquisa não acaba por aí. Fico de olho nas promoções. Hoje em dia, eu prefiro comprar pelo preço, não tem mais essa de marca. Quando há ofertas com descontos, aproveito”, contou.


De acordo com pesquisa do Correio, o xampu mais barato do Carrefour, de R$ 3,59, representa 8,1% da marca mais cara, que custa R$ 43,99.

 

O quilo da banana cara no Pão de Açúcar, de R$ 8,59, é quase cinco vezes maior do que o tipo mais barato, de R$ 1,79.


Planejamento


Em tempos de recessão e dinheiro curto, planejamento é a palavra-chave para as famílias, ensinam os especialistas. “As pessoas devem estar abertas a substituir produtos por similares.

 

Muitas vezes, a mercadoria que tem o menor valor é tão boa quanto a que a pessoa está acostumada a comprar. O momento de crise traz uma visão de mais cuidado com o dinheiro”, orientou o educador financeiro Alexandre Arci, idealizador do Instituto Eu Defino.


Os gastos no supermercado costumam ser um dos que mais pesam no orçamento doméstico, por isso, a relevância da organização.

 

 

“É importante se preparar previamente para qualquer tipo de consumo, principalmente no supermercado. Para não ir com objetivo de comprar apenas alguns itens e sair com o carrinho cheio”, apontou Arci.


Ter uma lista em mãos com o que realmente precisa levar para casa é essencial para direcionar o que procurar entre as prateleiras. “Olhe a dispensa antes de sair e estabeleça o que e a quantidade que comprará. É muito bom ter um histórico dos preços anteriores para comparação”, recomendou Arci.

 

Ter em mente quanto costuma pagar pelo produto permite perceber as variações e se realmente vale a pena comprar em casos de promoções. “Você só sabe se está pagando menos se tem uma base para comparar os preços”, argumentou o educador financeiro.


Já para o professor de Finanças da Fundação Dom Cabral Haroldo Vale Mota, nunca se deve comprar pela promoção e, sim, pela necessidade do produto.

 

Ele ressaltou que limitar o valor que gastará por mês garante mais controle sobre o orçamento doméstico. “Isso não é uma camisa de força, mas um direcionamento em saber o quanto tem disponível, o que se pode comprar ou não. Ajuda no controle e na disciplina com as contas”, acrescentou.


O professor aconselhou não ir às compras com fome e evitar levar as crianças. Pressa também atrapalha, disse. “Não importa a frequência com que se vai ao mercado.

 

Se o consumidor sabe o que precisa comprar, não haverá desperdício e o gasto será o mesmo”, analisou.


Preços Salgados


A queda da inflação ainda não é suficiente para aliviar o bolso do brasileiro, que encolheu. Para muitos, apesar da diminuição evidente, os preços continuam salgados.

 

“Eu acho que os valores continuam altos, apesar das inúmeras promoções. A crise tirou poder de compra de muitas famílias, inclusive da minha” afirmou a advogada Alzira Cristina de Casto.

 

Fotos: Reprodução

 

Para o aposentado Antonio Mendonça, 74 anos, é possível ter esperança na recuperação econômica do país. “Espero que as coisas não piorem. Minha perspectiva é de que continuem como estão, para irem melhorando aos pouquinhos.

 

Até o Banco Central afirmou que há progresso. Mesmo não sendo intenso, já é alguma coisa”, avaliou.

 

Correio Braziliense

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