Pesquisa revela que corrida é excelente para fortalecimento da coluna vertebral

Uma pesquisa recém publicada na importante revista científica Nature mostrou que a corrida fortalece os discos intervertebrais da coluna. Esses discos estão entre os ossos da coluna (vértebras) e funcionam como uma espécie de amortecedor.

Várias doenças atingem essas estruturas, como por exemplo a hérnia de disco e a desidratação, nas quais elas se encontram enfraquecidas e de menor tamanho, gerando um quadro de dor. Por isso, é muito importante para a saúde da coluna que os discos intervertebrais estejam fortes, e esse é mais um benefício encontrado na atividade física.

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O estudo comparou três grupos: pessoas que não praticavam atividade física, corredores com quilometragem semanal de 20 a 40km, e corredores com quilometragem semanal de 50km ou mais.

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Os resultados apontaram que, nos dois grupos de corredores, os discos se mostraram mais forte e hidratados. Ou seja, exercendo melhor sua função de amortecedor e promovendo características mais saudáveis à coluna.

Caminhada rápida ou corrida lentas podem ser eficientes,

diz fisioterapeuta (Fotos: Reprodução / Internet)

A intensidade do exercício também se mostrou relevante, onde caminhadas mais rápidas e corridas lentas mostraram ser potencialmente mais benéficas do que corridas muito rápidas e atividades com salto de alto impacto.

Indo ao encontro da ideia de que atividades muito bruscas, com impacto excessivo, podem na verdade ser danoso para a coluna. Da mesma maneira que a atividade física tem efeito de treinamento sobre os músculos e fortalece os ossos, pela primeira vez foi demonstrado que ela também traz modificações e benefícios para os discos intervertebrais.

Foto: Getty Imagens

"É mais um motivo para pessoas com problemas na coluna não terem medo de atividades física, pois a grande maioria das evidências mostram que o sedentarismo é pior do que se manter ativo".

Fisioterapeuta formada e mestra em biomecânica da corrida na USP. Realizou pesquisa em biomecânica da coluna na Universidade de Waterloo, Canadá. Trabalha com fisioterapia e avaliação biomecânica em São Paulo e Jundiaí.

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