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18/08/2017

PF cumpre duas fases da Lava-Jato ao mesmo tempo e prende ex-deputado Cândido Vaccarezza

Foto: O Globo

Ordens da 43ª e 44ª fases estão sendo cumpridas no Rio de Janeiro e em São Paulo

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira, a 43ª e a 44ª fases da Lava-Jato no Rio de Janeiro e em São Paulo. O ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PTdoB), ex-PT, é um dos alvos de prisão temporária.

 

É a primeira vez que a PF realiza duas fases da operação ao mesmo tempo. As operações foram batizadas de Sem Fronteiras (no Rio) e Abate (em São Paulo), respectivamente. Vaccarezza é investigado por receber boa parte dos US$ 500 mil oruindos em propina do esquema, segundo o Ministério Público Federal (MPF), "agindo em nome do Partido dos Trabalhadores (PT)".

 

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Foram expedidas pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba, 46 ordens judiciais, sendo seis mandados de prisão temporária (um em São Paulo e cinco no Rio), 29 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva. Todos os presos devem ser encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense.

 

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Vaccarezza deixou seu apartamento esta manhã, na zona leste de São Paulo, acompanhado por agentes da Polícia Federal. De acordo com seu advogado, Marcellus Ferreira Pinto, ele segue direto para Curitiba sem passar pela sede da PF na capital paulista.


Segundo a PF, a Operação Sem Fronteiras, que ocorre no Rio de Janeiro, mira a relação entre executivos da Petrobras e grupos de armadores estrangeiros para "obtenção de informações privilegiadas e favorecimento obtenção de contratos milionários" com a estatal.

 

A Operação Abate, por sua vez, ocorre em São Paulo e investiga um grupo criminoso que seria "apadrinhado" por Vaccarezza. A PF suspeita que o ex-parlamentar utilizava influência para obter contratos da Petrobras com uma empresa estrangeira, que teria direcionado recursos para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-deputado.

 

Os indícios contra o ex-deputado foram colhidos a partir da delação do ex-gerente de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. E apontam que Vaccarezza, líder do PT na Câmara dos Deputadosentre janeiro de 2010 e março de 2012, "utilizou a influência decorrente do cargo", segundo o MPF, em favor da contratação da empresa Sargeant Marine pela Petrobras, o que culminou na celebração de doze contratos, entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões. Ela teria sido contratada sem licitação para fornecer asfalto para a empresa brasileira.

 

Em setembro de 2014, Costa relatou detalhes de uma reunião realizada na casa do empresário e lobista carioca Jorge Luz. Segundo ele, Luz lhe contou que Vacarezza, na época deputado pelo PT em SP, iria receber R$ 400 mil por conta de um contrato para fornecimento de asfalto para a Petrobras firmado com a Sargeant Marine.

 

O ex-diretor da petroleira disse que ele próprio recebeu US$ 192,8 mil de propina pelo contrato com a Sargeant Marine, que foi realizado sem licitação.


Em 2015, a Polícia Federal indiciou Vaccarezza em meio às investigações da Lava-Jato. Segundo o documento, Vaccarezza teria recebido em seu apartamento, em São Paulo, valores do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava-Jato, a mando de Paulo Roberto Costa, para a sua campanha à Câmara de 2010.

 

Vaccarezza deixou o PT em 2016 após alegar divergências com a então presidente da República, Dilma Rousseff. Hoje ele está no PTdoB/Avante, sem mandado porque não conseguiu se eleger na última eleição.

 

Ele sempre negou as acusações.

 

O Globo

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