Foto divulgada pela família de Kim Wall, jornalista morta em submarino na Dinamarca
A polícia da Dinamarca confirmou nesta quarta-feira que o torso encontrado nas águas do país é da jornalista sueca Kim Wall.
As autoridades de Copenhagen constataram a presença do DNA da profissional nos restos mortais.
Ela havia sido vista pela última vez em 10 de agosto, em uma viagem de submarino com o inventor Peter Madsen.
Os investigadores confirmaram nesta terça-feira que o corpo de mulher encontrado sem cabeça e sem os membros foi mutilado deliberadamente.
A polícia acredita que o submarino foi afundado de propósito por Madsen, que foi resgatado antes de ser preso.
O inventor foi acusado, em primeiro momento, de homicídio negligente. À polícia, ele já havia relatado que a jornalista morreu em um acidente dentro do submarino construído por ele. Segundo a polícia dinamarquesa, Madsen contou ainda que "enterrou" o corpo de Kim no mar.
O julgamento do caso está sendo feito a portas fechadas, mas a explicação de Madsen do que aconteceu dentro da embarcação foi divulgada após pedido da defesa e da acusação.
Segundo a polícia de Copenhagen, para auxiliar nas buscas, as autoridades marítimas determinaram a rota da viagem do submarino na baía de Koge e no estreito de Oresund antes de ele afundar.
Madsen diz que largou o corpo de Kim em algum lugar da baía de Koge, no sul de Copenhagen, de acordo com informações divulgadas pela polícia. As buscas envolveram mergulhadores, helicópteros e navios desde a última sexta-feira.
A jornalista tinha 30 anos e ficava baseada entre Nova Iorque e Pequim. Ela escrevia como freelancer para diversos veículos internacionais, como o "The New York Times" e "The Guardian".
Kim estava pesquisando para uma matéria sobre o inventor e o submarino de 40 toneladas, que chegou a ser a maior embarcação particular do gênero.
Peter Madsen dono e construtor do submarino está sendo acusado pela
morte da jornalista. ( Foto: Bax lindhardt / stf )
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