19 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Manaus
28/11/2015

Policiais do grupo de extermínio matavam para conseguir armas, tomar droga de traficantes e por diversão. Assim nasceu a chacina de julho

Foto: Divulgação

Marcus Frota (PM), Sérgio Fontes (SSP), Marcelo Rezende (PF) e Fábio Monteiro (MPE)

Ao apresentar os resultados da operação Alcateia, realizada em Manaus na manhã desta sexta-feira (27), o secretário de Segurança Pública do Amazonas, delegado da Polícia Federal Sérgio Fontes, afirmou à imprensa que os 12 policiais militares presos, incluindo um oficial tenente da Polícia Militar, que já há comprovação de que eles são autores de pelo menos oito dos 38 assassinatos (ele atribui à chacina 34 casos) cometidos no final de semana de 17 a 19 de julho deste ano, na capital.

 

Confira os nomes dos policiais presos e suas unidades de serviço:

- BRUNO CÉZANNE PEREIRA - Força Tática

- MESSIAS DO CARMO LEITE JÚNIOR - 22ª Cicom

- JONATHAN MELO DA SILVA - Batalhão de Manacapuru

- ELIELSON GAMA DA SILVA - 22ª Cicom

- CHARLES DOS SANTOS FARIAS - 17ª Cicom

- GEORGE MCDONALD'S RODRIGUES DE OLIVEIRA - Força Tática

- DORVAL JUNIOR CARNEIRO DE MATOS - 21ª Cicom

- KLÉBERT CRUZ DE OLIVEIRA - CPA Centro-Sul

- ADSON SOUZA DE OLIVEIRA - Comando de Policiamento Metropolitano (CPM)

- MAGNO AZEVEDO MAFRA - 20ª Cicom

- GERMANO DA LUZ JÚNIOR - Força Tática

- MANOEL DOS SANTOS OLIVEIRA - Centro Integrado de Comando e Controle (CICC)

 

Os policiais não vão para presídio comum, e ficarão recolhidos ao quartel do Batalhão de Guarda da Polícia Militar, para segurança deles.

 

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Policiais federais em busca e apreensão em casa de militar suspeito

(Fotos: Divulgação)

 

 

Com os policiais acusados dos crimes, a operação apreendeu sete pistolas, sendo cinco PT.40 e duas 380, cinco revólveres 38, uma escopeta 12 e uma pistola de choque não letal. Seis veículos que podem ter sido usados na chacina foram apreendidos, incluindo uma motocicleta. Nas buscas e apreensões, a operação encontrou ainda 1 quilo de droga, possivelmente cocaína, na casa de um dos suspeitos. Só na residência de um dos suspeitos, no bairro Santa Etelvina, zona Norte, foram apreendidas quatro armas, além da motocicleta.

 

Relembre como tudo começa

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Na tarde daquele dia 17, uma sexta-feira, um sargento da Polícia Militar, fora de serviço, prestava serviço de segurança para um empresário da cidade durante um depósito em agência bancária na zona Sul de Manaus. No estacionamento do banco, foi assaltado por dois homens, que o mataram no local.


À noite desse dia começou uma série de assassinatos com características de execução, com mais de 20 vítimas no amanhecer de sábado. Essa chacina chegou a quase 40 assassinatos até a manhã da segunda-feira, quando o secretário fechou o balanço sinistro.


Para Fontes, o grupo criminoso usou essa morte do sargento, Afonso Camacho, como pretexto para matar, roubar subtrair e revender drogas para outros traficantes. “Eles usaram a morte do sargento como motivação para cometer os crimes. Muitos inocentes tiveram as vidas ceifadas apenas por pura diversão”, disse o secretário.

 

Armas apreendidas na casa dos policiais suspeitos

 


Facção criminosa aproveitou embalo para apagar desafetos


Na esteira dos assassinatos que estavam sendo praticados por policais militares, como desconfiou Sérgio Fontes desde o início, os criminosos de facção comandada por Zé Roberto da Compensa, o maior traficante de drogas da região Norte, aproveitou a onda e saiu eliminando desafetos. A ideia era jogar a culpa para a Polícia Militar, que estaria vingando a morte do sargento.


A SSP e a Polícia Militar tiveram acesso a vários áudios de criminosos em que pediam para que essa informação fosse disseminada na mídia, para que os policiais militares aparecessem como os únicos responsáveis pela chacina, e assim a sociedade se revoltasse contra a segurança pública.


A operação Alcateia foi realizada por força-tarefa da SSP-AM, em parceria com a Polícia Federal e apoio do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM).

   

 

Suspeitos são novos na corporação 

 

De acordo com o corregedor-geral do Sistema de Segurança Pública, Leandro Almada, foram feitas 22 acusações aos presos, sendo dez por homicídios e 12 por tentativas. Todos os suspeitos têm entre dois e cinco anos de serviço na Polícia Militar.

 



 

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