Os manifestantes se reuniram em frente à delegacia do município e do fórum de Justiça
A população do município de Juruá, distante a 672 km de Manaus, não aguenta mais a insegurança reinante na cidade.
Na última terça-feira, dia 28, moradores se reunião em frente da delegacia de polícia da cidade para reivindicar mais celeridade nas investigações acerca do assassinado do vigia Moizés Silva de Lima, de 73 anos. Antes, os manifestantes percorreram várias ruas da cida, portando faixas e cartazes.
A passeata começou por volta das 8h e se encerrou às 13h e continuou no período da noite.
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Centenas de pessoas foram àss ruas de Juruá cobrar justiça
A passeata caminhou durante horas, com faixas e carro de som pendido resolução
para casos de morte não solucionados na cidade
Justiça é a principal revindicação da população de Juruá
Os manifestante fizeram grande passeata pela cidade
para cobrar mais segurança e justiça em Juruá
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A última morte não solucionada aconteceu na sexta-feira, 24, e, somando com essa, é a quarta pessoa que morre ou desaparece e ninguém é preso, segundo moradores do município.
O corpo do vigia Moizés Silva de Lima foi encontrado ao lado do seu barco no último domingo, 26, pelo seu filho João Cunha.
O vigia tinha marcas de tortura. Segundo relatos de João ao PORTAL DO ZACARIAS, o corpo de Moizés foi encontrado em estado de decomposição preso no casco de seu barco, às margens do rio Juruá, com 13 perfurações no corpo, os dedos cortados e com marcas de golpe de terçado.
“Queremos respostas para esses crimes, à morte mais feia foi do meu pai, jogaram o corpo dele na água, com vários furos pelo corpo e terçadadas”, disse o filho da vítima.
Além disso, os assassinos do vigia ainda levaram o motor do seu barco e duas botijas de gás. “Roubaram essas coisas e deixaram todo o resto lá. Queremos justiça para ele e para outros que morreram no município”, afirmou João.
O corpo de Moizés da Silva estava preso ao lado do barco, no rio Juruá
O barco do idoso foi encontrado com sangue e marcas de luta
O corpo do homem foi encontrado em estado avançado
de decomposição (Fotos: Divulgação)
Os índios da reserva Kanamari do rio Juruá
Os principais suspeitos pela morte do vigia são os indígenas da reserva do rio Juruá, segundo o filho da vítima. De acordo com ele, os índios são temidos pela população do município.
“A população está revoltada. No inicio do mês um homem morreu por causa de pauladas, um professor que veio dá aula para eles também está desaparecido e um homem que foi caçar dentro da reserva ninguém nunca mais ouviu falar, tudo leva a crer que os índios estão envolvidos nos casos”, disse o jovem.
Em Juruá, conflitos entre indígenas e os moradores do
município têm sido constantes (Foto: Reprodução)
O PORTAL DO ZACARIAS tentou entrar em contato com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e com a delegacia de Juruá, mas até o fechamento desta matéria não conseguiu respostas.