19 de Abril de 2024 - Ano 10
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13/12/2017

Por preservação, botos serão monitorados por satélites na Amazônia

Foto: Divulgação WWF

De acordo com especialistas, as informações obtidas ajudarão nos trabalhos de conservação da espécie, que está ameaçada de extinção

Botos serão monitorados com o auxílio de tecnologia via satélite na região amazônica que compreende os territórios de Brasil, Bolívia e Colômbia. O projeto é uma parceria entre a organização WWF (World Wildlife Fund) e instituições da América do Sul.


O monitoramento é feito por meio de tags: pequenos aparelhos instalados nos animais como "piercings" enviam informações sobre o seu posicionamento várias vezes ao dia. "Será possível obter dados sobre padrões de distribuição dessas populações e desenvolver trabalhos de conservação mais eficientes das espécies e do ecossistema onde vivem", afirmam os responsáveis pelo projeto em comunicado à imprensa.


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Amostras de sangue, de material genético e excreções nasais e orais dos animais foram coletadas, assim como informações sobre suas medidas e pesos. A ideia é avaliar os níveis de mercúrio nos botos capturados, já que existe a possibilidade dessas populações estarem contaminadas pelo descarte indevido do metal como consequência do garimpo.

 

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Boto sendo "capturado" para análise dos especialistas


"É a primeira vez que uma pesquisa deste tipo é feita na Amazônia. Queremos ter uma ideia geral da saúde desses animais, de seus padrões de deslocamento e verificar como esses grupos de botos serão impactados pela proximidade das hidrelétricas que estão previstas para esta região", diz a cientista Miriam Marmontel, líder do grupo de pesquisa em mamíferos aquáticos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM).


Até agora, 11 botos das espécies Inia geoffrensis e Inia boliviensis estão sendo monitorados nas bacias dos rios Tapajós, no Brasil; na região do rio Marañon, entre Colômbia e Peru; e na região do rio Madeira, entre a Bolívia e o Brasil.

 

Animal é avaliado por especialistas (Fotos: Divulgação WWF)


"Se o monitoramento inicial funcionar, nosso objetivo é dar escala para esta iniciativa. Então teremos mais tags, mais botos serão monitorados e mais informação científica confiável será gerada a respeito dessa região e sobre esses animais", afirma Marcelo Oliveira, especialista de conservação do WWF-Brasil.


O pesquisador colombiano Fernando Trujillo, da Fundación Omacha, fez questão de lembrar que os botos são uma espécie ameaçada: "Nós, que vivemos aqui, sabemos que os problemas ambientais só aumentam, e os danos aos ecossistemas são cada vez maiores. Com esse trabalho do tagueamento, queremos gerar mais informações e possibilitar que os tomadores de decisão orientem ações e recursos para proteger esses animais e os habitats em que eles estão".

 

Revista Galileu

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