O trabalho de monitoramento da área continuará sendo realizado
Na manhã da última terça-feira, 11, a Prefeitura de Manaus e o Grupo Integrado de Prevenção às Invasões em Áreas Públicas (Gipiap) realizaram a retirada de um foco de invasão em um trecho de área de preservação permanente do Igarapé do Mindu, no conjunto Petros, Coroado, Zona Leste.
Com esse, sobe para 26 o número de focos de invasão combatidos este ano.
A área começou a ser ocupada no feriado da quarta-feira, 5, levando ao local policiais do Batalhão Ambiental e fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) durante o final de semana. Pelo menos, 70 demarcações de lotes foram encontradas, num trecho de, aproximadamente, 50 hectares. O trabalho de monitoramento da área continuará sendo realizado.
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Segundo o diretor de Fiscalização da Semmas, Enéas Gonçalves, a ação desta terça-feira foi resultado da integração dos órgãos no combate ao problema das invasões. “Nossa ação é preventiva e contamos com o apoio decisivo dos moradores do entorno em denunciar ao perceber qualquer movimentação de invasores na área”, afirmou. Os danos causados à vegetação são visíveis. Dezenas de árvores de pequeno e médio porte foram cortadas e tiveram os troncos utilizados como piquetes para demarcação de lotes.
“Certamente, as próximas investidas dos invasores seriam contra as árvores maiores e o buritizal que ainda se encontra preservado”, explicou Eneas, ressaltando a importância fundamental da conservação daquela área para a manutenção da biodiversidade local. “Esse é um trecho do Corredor Ecológico Urbano do Igarapé do Mindu, que está inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) Sauim-de-Manaus, decretada recentemente pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), com a finalidade de contribuir para a preservação do sauim-de-coleira, criticamente ameaçado de extinção”, observou.
Foto: Altemar Alcântara / Semcom
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A ação contou com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental, Guarda Municipal, Polícia Militar, Superintendência Estadual de Habitação (Suhab) e Secretaria de Estado de Administração (Sead), órgão ao qual está ligado o Gipiap. O monitoramento continuará sendo feito e quem for pego em flagrante na área responderá pelo crime de intervenção em APP, previsto no artigo 139 do Código Ambiental do Município (Lei 605/2001), recebendo multa mínima de 501 Unidades Fiscais do Município (UFMs).