Presos entregam as armas e libertam refém depois de cinco horas de rebelião na Delegacia de Polícia do município de Tapauá

Dezesseis presos que promoveram uma rebelião iniciada por volta das 12h30 de quarta-feira na Delegacia Interativa de Polícia do município de Tapauá, distante 449 quilômetros de Manaus, entregaram as armas e libertaram o guarda municipal que era mantido como refém.

Os presos reivindicavam melhor qualidade da alimentação, reclamaram da superlotação nas celas, tratamento agressivo por parte de alguns policiais e também do banho de sol ao qual não tinham direito há pelo menos três dias, de acordo com informação do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Davi Brandão.

No início da rebelião, os presos amotinados conseguiram sair de suas celas e arrombaram a porta da sala de armamentos da delegacia, onde pegaram uma metralhadora sem munição, coletes balísticos e alguns terçados e facas apreendidos em operações realizadas no último final de semana na sede do município.

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Armados com metralhadora, terçados e facas, presos fazem rebelião em Tapauá e ameaçam matar refém. VEJA VÍDEOS E FOTOS

Facas, terçados e coletes balísticos que

estavam em poder dos presos rebelados

Um dos líderes da rebelião mostra

a destruição nas celas (Fotos: Divulgalçao)

O guarda municipal que tinha a função diária de levar alimentos para os presos, conhecido como "Mano", foi rendido assim que chegou com as marmitas, e desse momento em diante foi iniciada a rebelião que durou cerca de cinco horas até a chegada de negociadores, que conseguiram a rendição dos presos rebelados.

O delegado geral da Polícia Cvil, Mariolino Brito, disse que um delegado e mais cinco investigadores foram enviados para Tapauá logo que foi informado o início da rebelião e essa equipe seguiu juntamente com 11 policiais militares que foram fazer o reforço do efetivo no município, situado na calha do Rio Purus.

O comandante-geral e o delegado-geral informaram que os policiais enviados permanecerão em Tapauá até que a situação esteja completamente normalizada.

No retorno a Manaus, devem trazer quatro presos que foram identificados como os líderes da rebelião e serão encaminhados para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).