16 de Abril de 2024 - Ano 10
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22/02/2017

Prévia oficial da inflação tem alta de 0,54% em fevereiro

Foto: Divulgação / PUC-Rio

Apesar da aceleração em relação a janeiro (0,31%), este foi o menor resultado para o segundo mês do ano desde 2012, quando ficou em 0,53%

A prévia oficial da inflação, o IPCA-15, teve alta de 0,54% em fevereiro, pressionado pelos reajustes das mensalidades escolares aplicados no início do ano.

 

O resultado foi divulgado pelo IBGE na manhã desta quarta-feira. Veio acima do previsto por analistas, que projetavam alta de 0,42% para o índice. O IPCA-15 de fevereiro também superou o de janeiro (0,31%) em 0,23 ponto percentual. Mas foi a menor para o mês desde 2012, quando ficou em 0,53%. Em fevereiro de 2016, a taxa foi 1,42%.

 

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No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 5,02% e ficou abaixo dos 5,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, convergindo com as previsões de uma taxa abaixo do centro da meta estabelecida pelo Banco Central (BC), que é de 4,5%.


O grupo educação, com alta de 5,17% e impacto de 0,24 ponto percentual, foi o principal responsável por elevar a taxa do IPCA-15 de 0,31% para 0,54% em fevereiro. Em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,94%. Esta alta gerou o maior impacto individual sobre o índice do mês (0,21 ponto percentual). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre 4,94% (São Paulo) e 10,13% (Salvador). A exceção foi Fortaleza, onde não foi apropriado nenhum aumento, devido à diferença no período de reajuste.


Os alimentos, que haviam registrado alta de 0,28% em janeiro, tiveram deflação de 0,07%, contribuindo para conter o índice do mês. Ainda que os preços do óleo de soja (4,42%), das hortaliças (4%) e de outros produtos tenham se mostrado mais caros de um mês para o outro, vários deles ficaram mais baratos. Alguns se destacaram pelas quedas expressivas, como o feijão-carioca (-14,68%), a batata-inglesa (-7,63%) e o tomate (-6,62%).


Os artigos de vestuário mostraram a menor variação (-0,31%), em razão das liquidações pós festas de fim de ano.


Além do grupo educação, o IPCA-15 foi pressionado pelas tarifas dos ônibus urbanos e intermunicipais, que subiram 3,24% e 3,84%, respectivamente.


A alta de 3,24% nos ônibus urbanos foi consequência de altas em Fortaleza (17,05%), Recife (13,46%), Belém (11,85%), Brasília (7,09%), Belo Horizonte (6,02%), Salvador (5,36%) e Curitiba (5,10%).


Nos ônibus intermunicipais (3,84%), as variações mais elevadas ficaram com o Rio de Janeiro (12,3%), devido ao reajuste médio de 12% em vigor desde 14 de janeiro, Curitiba (6,77%), Belo Horizonte (4,57%) e Salvador (2,47%).


Com o aumento das tarifas dos ônibus, o grupo transportes ficou com variação de 0,66%, apesar da queda de 12,45% nas passagens aéreas.


Esta semana, pela sétima seguida, o mercado reviu para baixo a previsão para a inflação em 2017. Agora, o Boletim Focus — documento do Banco Central que reúne as principais instituições financeiras — espera que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 4,43%. Na semana passada, a expectativa era de 4,47%. Para 2018, a expectativa era de 4,47%.


Depois de um 2015 com inflação de dois dígitos, de 10,67%, o IPCA já arrefeceu em 2016, fechando o ano em 6,29%, voltando a ficar abaixo do teto da meta do BC, que é 6,5%. O movimento foi puxado por elevações menores dos preços administrados e dos alimentos.


Para o cálculo do IPCA-15 de fevereiro, os preços foram coletados pelo IBGE entre 13 de janeiro e 13 de fevereiro de 2017 e comparados aos vigentes de 14 de dezembro de 2016 e 12 de janeiro de 2017. Esse indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

 

O Globo

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