A ideia de pesquisar o que faz as pessoas felizes surgiu no fim dos anos 1990
Quem não quer ser feliz todos os dias? Atingir a felicidade é o desafio da humanidade, mas o segredo pode estar em ações simples, que a manterão presente no cotidiano. A teoria é chamada de “psicologia positiva”. Em vez de esperar longos anos para comemorar a aquisição da casa própria, celebre a economia feita a cada dia, por exemplo. Também não espere receber um elogio para ficar contente. Elogie, você mesmo, um colega de trabalho. Pequenos atos estão na origem de uma vida feliz.
— O foco é promover a felicidade, reformulando o estilo de vida, explorando as qualidades humanas e as reações pró-sociais, como a empatia, o altruísmo, a gratidão, o vínculo e o amor — explica a psicóloga Carolina Veras.
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A ideia de pesquisar o que faz as pessoas felizes surgiu no fim dos anos 1990. O então presidente da Associação Americana de Psicologia, Martin Seligman, orientou os psicólogos a focarem menos nos problemas e patologias de seus pacientes e dar mais atenção àquilo que pode trazer felicidade.
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— A proposta é que a gente construa um modelo mental mais positivo, com autorresponsabilização sobre a nossa vida, com objetivos e metas. É um tipo de mudança que pode nos ajudar nos momentos mais difíceis — comenta Renata Abreu, especialista em desenvolvimento humano e psicologia positiva.
A teoria, atualmente, considera cinco elementos que, juntos, contribuem para a formação do bem-estar: emoção positiva (sentimento de prazer e conforto), engajamento (entrega total), sentido (propósito de vida), realização (conquistas pessoais) e relacionamentos positivos (ligações sociais saudáveis).
— É importante ressaltar que a psicologia positiva não é autoajuda, nem lei da atração ou pensar positivo, muito menos de repressão às emoções negativas — frisa Renata.
Uma questão de escolha
Teorias ligadas à psicologia positiva, como a da psicóloga russa Sonja Lyubomirsky, afirmam que a felicidade está baseada em três fatores: genética (50%), circunstâncias de vida (10%) e atividades intencionais (40%).
— Esta última diz respeito a ações práticas que podemos fazer para aumentar nossa felicidade. É preciso dedicação de tempo e esforço para que, por intermédio desses 40%, a gente possa aumentar o nosso bem-estar, apesar da genética ou do que acontece a nossa volta — orienta Renata Abreu.
Para que um processo de mudança ocorra, é preciso prestar atenção nas escolhas que são feitas diariamente.
— Devemos sair do piloto automático. Assim, prestamos atenção nas escolhas que fazemos a todo momento. A felicidade está no aqui e agora e não lá na frente. Ela está relacionada à forma que escolhemos interpretar o mundo — diz.
Foto: Reprodução
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