Sem segurança, taxistas param Centro após segundo assassinado em 12 horas

Em situação normal, o trânsito no Centro de Manaus no final de tarde já é complicado por si só. Neste final de tarde (3), o caos se estabeleceu. Cerca de 500 taxistas resolveram ocupar as avenidas Floriano Peixoto, 7 de Setembro e Eduardo Ribeiro para protestar pela falta de segurança na cidade que nas últimas 12 horas foi responsável pela morte de dois profissionais da categoria.

Até às 18h estava bastante difícil a movimentação de veículos, que se misturavam aos ônibus do transporte coletivo abarrotados de passageiros que saem das áreas comercial e portuária, principalmente, em direção a todas as zonas da capital.

Caos geral na Floriano Peixoto, ônibus entram na contramão

O Sindicato dos Taxistas comandou a concentração de taxistas na Cachoeirinha, Zona Sul, e de lá saíram em carreata para o Centro da cidade. A categoria protesta principalmente pelas mortes de Carlos Patrick Santos Martins, de 29 anos, da Associação Relógio Radiotáxi, assassinado a facadas e abandonado em seu carro no bairro Zumbi, na Zona Leste, na noite de ontem.

Nesta manhã, Vivaldo Lúcio Ferreira, de 52 anos, morreu ao dar entrada no hospital 28 de Agosto com uma faca cravada ao peito. Ele teria sido atingido em local da cidade ainda desconhecido da família e da polícia, e mesmo ferido conseguiu dirigir ao hospital que fica na Zona Centro-Sul. Atendido, não resistiu à facada e morreu por volta de 10h. O táxi de Vivaldo ficou no estacionamento do 28 de Agosto.

Vivaldo ainda conseguiu levar seu táxi ao estacionamento do 28 e morreu pouco depois

Ele seria taxista da Maceió Radiotáxi há mais de 20 anos.

Na manifestação no Centro, os taxistas reclamavam que pagam pesadas taxas e impostos, mas não têm assistência da segurança. Reclamam que nem mesmo nas blitze da polícia são parados para que o passageiro seja revistado.