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18/08/2018

Sidney Leite se nega a falar sobre acusação de ter usado indevidamente SEPROR em 2016 na eleição do sobrinho Júnior Leite à Prefeitura de Maués

Foto: Reprodução

A ação que envolve Sidney Leite requer saída do cargo e inelegibilidade durante 8 anos

O deputado estadual Sidney Leite (PSD), candidato a deputado federal nas eleições de 2018, por conta do foro privilegiado teve que prestar esclarecimentos à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) na semana passada, conforme nos informou uma fonte. 


Ex-secretário da Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror) e três vezes prefeito de Maués, Sidney teve que dar explicações sobre  como utilizou órgãos públicos indevidamente para conseguir eleger o seu sobrinho Carlos Roberto de Oliveira Júnior, conhecido como Júnior Leite, que em 2016 foi eleito prefeito de Maués.

 

Capa do processo movido contra Sidney Leite e Júnior Leite  por

abuso de poder político e econômico. (Foto: Divulgação)

 

De acordo com a fonte do PORTAL DO ZACARIAS, o deputado quis esconder que seria interrogado sobre o caso. Após lançar sua candidatura à Câmara Federal, Sidney estaria tentando desvincular sua imagem aos escândalos que envolvem a 'família Leite'.

 

"O deputado está com medo de qualquer declaração e acusação que manchem essa imagem de 'homem do bem' e está tentando abafar qualquer notícia contra ele. A tolerância é zero durante a campanha dele, uma notícia que Sidney foi interrogado na Assembleia já o deixaria bastante irritado", disse.

 

As acusações que envolvem a participação de Sidney Leite na eleição da prefeitura de Maués em 2016 detalham como o deputado se utilizou da máquina pública em beneficio próprio e de sua família.

 

Na época, Sidney era secretário da Sepror e deu uma "ajudinha", realizando contratos entre o governo e o município, para que fossem investidos 7 milhões na zona rural de Maués. A ação era inédita até aquele momento e foi considerada um ato de corrupção explícita feita por Sidney Leite.

 

Programas como o Pro Calcário e o Pro Mecanização, que tinham como objetivo melhorar vida do trabalhador do campo, acabaram sendo apenas mecanismos utilizados pela 'família Leite' para conseguir eleger Júnior Leite com 10 mil votos, cerca de 40,2%.

 

Logo após as eleições, a 'família Leite' passou a responder a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pedia a cassação dos mandatos de Sidney e Júnior Leite por abuso de poder político e econômico, que se estendeu ainda ao vice-prefeito Paulo Said e ao presidente da Câmara Municipal, vereador Simildo Rocha.

 

A denúncia foi feita pelo ex-prefeito Carlos Góes (PT), que acusou o prefeito e os seus companheiros de abusar do dinheiro público durante a campanha para a prefeitura de Maués.


Na mesma época, em 2016, no despacho enviado do Mistério Público, a juíza da 5ª Zona Eleitoral de Maués, Dinah Câmara, através da promotoria, acusa Júnior Leite junto com seu grupo político, que inclui Sidney Leite, na época secretário da Sepror, de contratarem um helicóptero para sobrevoarem as comunidades rurais de Maués.


Além disso, o deputado Sidney Leite é acusado de firmar contratos entre a secretaria e a prefeitura de Maués durante o período eleitoral, vedado pela Lei 9.504/97. Os dois contratos acabaram sendo suspensos.

 

A ação pede a cassação das candidaturas e dos diplomas dos envolvidos na campanha, entre eles Sidney Leite, além de requerer que fiquem inelegíveis durante 8 anos.

 

Na época das eleições, o deputado foi muito atuante, enquanto secretário estadual,

na candidatura de seu sobrinho em Maués. (Foto: Reprodução)

 

Sidney Leite se recusa a falar sobre o caso


O PORTAL DO ZACARIAS entrou em contato com o deputado estadual e candidato à Câmara Federal Sidney Leite (PSD) pelo telefone xxxxxx-669.

 

No primeiro contato, nossa reportagem explicou que o motivo da ligação era ouvir o que tinha a dizer sobre o assunto, porém ele ficou visivelmente irritado e curiosamente a ligação caiu.

 

Tentamos ligar novamente. Ele atendeu, mas disse que estava ocupado e não poderia dar nenhuma declaração sobre o caso naquele momento.

 

A partir daí a reportagem não conseguiu mais entrar em contato com Sidney Leite, pois o telefone passou a estar fora de área o tempo todo.

 

Veja também:

Júnior Leite é acusado de nepotismo após empregar esposa, tios e primos na prefeitura do município. Veja aqui.

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