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20/06/2017

Trombose pode desencadear doenças como AVC e embolia pulmonar

Foto: Reprodução

Médicos explicam quais são as principais complicações causadas pela enfermidade. Saiba como prevenir e reconhecer os primeiros sintomas

Braiza de Oliveira Tonhá, de 32 anos, teve uma experiência que a faz agradecer todos os dias por estar viva.

 

Há sete anos, viu uma dor que começou no calcanhar se transformar em um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Começou incomodando o pé, depois passou para a panturrilha e foi subindo”, conta.

 

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Já não suportando a dor intensa, procurou um hospital onde recebeu um diagnóstico preocupante. Braiza tinha uma trombose extensa, do joelho ao umbigo.

 

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Ficou oito dias internadas, período em que sofreu uma embolia pulmonar e um AVC. O coágulo na cabeça demorou mais tempo para se dissolver do que o esperado, mas a recuperação foi surpreendente e não deixou qualquer sequela. “Foi um milagre”, acredita.

 


Foto: Giovanna Bembom / Metrópoles


Há sete anos Braiza faz check up a cada seis meses para verificar a formação de novos trombos.


De acordo com o angiologista Gustavo Dias, o AVC e a embolia pulmonar são algumas das principais complicações associadas à trombose. “É uma doença que começa quando coágulos, os trombos, são formados em veias ou artérias e se desprendem, dificultando a passagem do sangue.

 

Esse deslocamento pode levar a casos graves, como AVC, embolia pulmonar, infarto, amputações e outras sequelas que geram um grande impacto na qualidade de vida do paciente”, explica.


O médico Gustavo Dias explica que, entre as mulheres, a incidência está relacionada principalmente aos hormônios associados à gestação, período puerperal e reposição hormonal.


A formação dos coágulos acontece, em 90% dos casos, nos membros superiores, mas podem se desenvolver também nos membros inferiores, e, nos dois casos, se deslocarem para qualquer parte do corpo.


No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é que um ou dois habitantes a cada mil sofram de trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

 


Foto: Kácio Pacheco / Metrópoles


Segundo o angiologista do hospital Santa Marta, a formação de trombos se deve a fatores genéticos ou adquiridos. “Pacientes com histórico familiar de trombose têm maior suscetibilidade e devem ficar atentos”, reforça Gustavo Dias.

 

Entre os fatores adquiridos, estão internações prolongadas, imobilizações durante longas cirurgias, obesidade, tabagismo, varizes e uso de anticoncepcional.

 

Foto: Reprodução / Metrópoles


De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mulheres que usam anticoncepcionais contendo drospirenona, gestodeno ou desogestrel (caso das pílulas) têm um risco de 4 a 6 vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso, em um ano, do que as mulheres que não usam contraceptivos hormonais combinados.

 

De qualquer forma, segundo os médicos especialistas, se não há outros fatores de influência, o risco ainda assim é pequeno.


Ritual que salva vidas


Hospitais de excelência têm desenvolvido protocolos clínicos para evitar complicações como as de Braiza. É o caso do Hospital Santa Marta, localizado em Taguatinga Sul, que desenvolveu um protocolo de atendimento especial para prevenir os casos de trombose.

 

De acordo com o intensivista e gerente médico da instituição, Sidnei Silva, o centro hospitalar conta com uma série de ações de profilaxia, que são medidas preventivas que visam preservar a saúde de quem procura atendimento.


A principal delas é um sistema eletrônico que faz o controle dos pacientes internados e aponta quais deles têm risco de desenvolver o problema.

 

“Todo paciente, ao ser admitido, responde a uma série de perguntas que irão compor um checklist executado pelos médicos e que vão para o sistema. Em hospitais onde não é feito esse tipo de controle, existe um índice muito alto de trombose, embolia pulmonar e até de óbitos”, aponta.

 


O médico explica que o tratamento da trombose depende da localização da veia / artéria
 

afetada, do tempo que ela está obstruída e da  extensão do trombo

( Foto: Kácio Pacheco / Metrópoles)


O intensivista explica que, além da medicação e do auxílio do software, outras formas de prevenção intra-hospitalar vão desde medidas simples — como incentivar os pacientes a andar e se movimentar com ajuda de fisioterapeutas e uso de meias compressivas — até a utilização de compressão pneumática, instrumento que faz pressão nas pernas do paciente durante longas cirurgias.

 

Metrópoles

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