19 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
24/05/2018

Trump cancela reunião com Kim Jong-un

Foto: Mandel Ngan/AFP/ KCNA via KNS

Combinação de fotos mostra presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou nesta quinta-feira (24) a reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que estava prevista para acontecer em 12 de junho, em Singapura.

 

O anúncio acontece no dia em que a Coreia do Norte anunciou o desmantelamento completo do seu centro de testes nucleares.

 

"Eu estava muito ansioso para me encontrar com você", disse Trump em uma carta dirigida ao líder norte-coreano, que foi divulgada pela Casa Branca.

 

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"Infelizmente, com base na enorme raiva e hostilidade aberta exibida em sua declaração mais recente, sinto que é inadequado, neste momento, ter essa reunião planejada há muito tempo", afirmou.

 

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"Por favor, deixe esta carta servir para representar que a cúpula de Singapura, para o bem das duas partes, mas para detrimento do mundo, não será realizada", afirmou Trump na carta.

 

"Você fala de suas capacidades nucleares, mas as nossas são tão grandes e poderosas que eu rezo a Deus para que elas nunca tenham que ser usadas”, acrescentou Trump.

 

Donald Trump escreve carta a Kim Jong-un cancelando encontro

em Singapura (Foto: Casa Branca/AFP)


A Coreia do Norte ainda não comentou o cancelamento do encontro.

 

Reaproximação em 2018


Depois da chegada de Trump à presidência dos EUA, a Coreia do Norte iniciou uma série de testes de mísseis balísticos e nucleares que provocaram reações enérgicas de Washington e de Seul.

 

Novas sanções internacionais, além de provocar o temor de uma guerra na região.

 

Em janeiro, Kim mostrou abertura para dialogar com a Coreia do Sul durante seu discurso de Ano Novo.

 

O ditador norte-coreano enviou uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em fevereiro, em PyeongChang, na vizinha do Sul.

 

Em 27 de abril, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e Kim Jong-um se encontraram e se comprometeram a assinar um acordo de paz para acabar com a guerra entre os países ainda em 2018.

 

O presidente sul-coreano Moon Jae-in e o líder da Coreia do

Norte Kim Jong-un se abraçam durante encontro na zona

desmilitarizada que separa os dois países

(Foto: Korea Summit Press Pool)

 

O pacto vai substituir o armistício de 1953. O encontro foi visto como uma espécie de preparação para o encontro de Kim e Trump.

 

Pouco tempo depois, o então diretor da CIA e atual secretário de Estado americano, Mike Pompeo, viajou para a Coreia do Norte, onde teve um encontro secreto com Kim Jong-un, mostrando um avanço nas relações entre os dois países.

 

Ele voltou de lá com três americanos que tinham sido detidos por Pyongyang por suspeita de atividades anti-estatais.

 

Na carta divulgada nesta quinta, Trump agradece pela libertação dos americanos: “Quero agradecê-lo pela libertação dos detidos que agora estão em casa com suas famílias.

 

Aquele foi um bonito gesto e foi muito apreciado”, afirma o presidente na carta.

 

Mudança de tom


Porém, na semana passada, a Coreia do Norte suspendeu as conversações de alto nível com a Coreia do Sul, citando como motivo exercícios militares conjuntos de Seul com os EUA.

 

O governo norte-coreano vê os exercícios como um treino de invasão do seu terrritório e uma provocação em meio à melhora de relações entre as duas Coreias.

 

O regime de Kim Jong-un já tinha colocado em dúvida realização da cúpula prevista com Trump.

 

E, nesta terça (21), Trump disse que o encontro histórico poderia atrasar ou não acontecer caso certas condições não sejam cumpridas - embora não tenha explicados que condições seriam estas.

 

Reações


O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirmou que estava “profundamente preocupado” com o cancelamento da reunião e fez um apelo para que os países continuem dialogando para encontrar um caminho pacífico para a desnuclearização da península coreana.

 

Mike Pompeo afirmou que o encontro entre Kim e Trump teria poucas chances de ter êxito.

 

Em procunciamento no Comitê de Relações Exteriores do Senado, secretário de Estado americano explicou que a delegação dos EUA não recebeu resposta da Coreia do Norte para realizar reuniões preparatórias para a esperada cúpula.

 

"Não pudemos realizar os preparativos entre nossas duas equipes que teriam sido necessárias para ter uma cúpula bem-sucedida." 

 

G1

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