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02/05/2019

Um pai de família alega que salvou seu casamento de 32 anos ficando de conchinha com 15 outros homens

Foto: Reprodução

Homens se reúnem quinzenalmente para passar duas horas abraçados

O diretor criativo Kevin Eitzenberger, de 58 anos, criou o "Grupo Terapêutico de Abraços Masculinos", dois anos após sua esposa ter implorado a ele para resolver os problemas com raiva.

 

As reuniões, que acontecem na sala da casa de um amigo dele em Plymouth, Pensilvânia, nos Estados Unidos, atualmente reúnem cerca de 15 homens que se encontram quinzenalmente e se abraçam por duas horas antes de retornar para suas famílias e seguirem com suas vidas cotidianas.


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Incomodado pelo jeito que tratava a família, para salvar seu casamento Kevin e decidiu que precisava do toque físico de outros homens para se sentir contente. Então, três décadas depois de casar com Gina, ele organizou o grupo. que se reúne na sala de seu amigo, e ele só cresceu desce então.


- Nós nunca nos abraçamos na cama. Nós colocamos os cobertores no chão da sala do meu amigo. Muitos caras chegam muito assustados na primeira vez. Alguns me disseram que já dirigiram até a casa e foram embora porque estão muito nervosos. Mas no início de cada sessão nós demonstramos os "toques seguros" e lemos as regras - explica Kevin.


O idealizador do grupo também estabelece regras bem restritas, que incluem não tocar abaixo do cintura, acima da coxa ou por baixo das peças de roupas para garantir um ambiente seguro para todos. No entanto, o site do grupo afima que "é normal haver algum nível de excitação durante a sessão de abraços".


Ele explica como a dinâmica de abraços funciona e que, após os participantes começarem a se sentir mais seguros uns com os outros, eles podem pedir por outras demonstrações de carinho, como cafunés ou massagens nas costas.


- Um homem abraça e o outro é abraçado. Quem é responsavel por abraçar senta no chão com as costas contra o sofá. O outro senta como se estivesse em uma moto na frente dele e descansa as costas no peito e a cabeça nos ombros. Esté é um carinho não sexual e é difícil para alguns homens entenderem isso por causa da cultura em que vivemos - complementa o idealizador do grupo - A segunda metade do encontro é composta pelas conchinhas. Nós passamos tempo juntos no sofá, deitamos no chão, conversamos e rimos - como irmãos fariam. No fim, nós fazemos uma roda e reafirmamos: "Como um homem entre homens, eu sou forte e aceito".

 


Grupo de homens se encontra quinzenalmente para se abraçar durante duas horas


Kevin atribui a necessidade pelo toque masculino à dificuldade de se conectar com homens quando era mais novo. Desde muito jovem ele não se encaixava na escola porque frequentemente ele tinha mais amigas mulheres. Como seu pai era técnico de esportes, ele disse que havia uma dificuldade de conexão entre eles, o que ele acredita ter sido a causa da sua dificuldade de se relacionar com homens.


- Quando eu era pequeno, eu era intimidado pelos meninos porque eu não chutava a bola do jeito certo ou não corria rápido o suficiente. Eu preferia andar com as meninas e isso piorava tudo porque aí eu era ridicularizado. Havia uma masculinidade que ou era tirada de mim ou eu rejeitava.


Ele conta que a quando tinha 11 anos, a morte do irmão representou mais uma figura masculina sendo tirada dele. Kevin acredita que apesar de ter um pai fantástico, o fato dele ser treinador distanciava os dois. Tais problemas com as figuras masculinas levaram Kevin a questionar sua sexualidade— até ele descobrir o poder da conchinha com outros homens.


Antes de criar o próprio grupo de abraços, Kevin foi apresentado ao "Mankind Project" por um amigo, uma organização sem fins lucrativos que ajudava homens a organizar grupos para outros homens. Ao logo do tempo, a dupla começou se abraçar acabaram criando uma dependência emocional, mesmo sem intuito sexual.


- Naquele fim de semana com eles que eu entendi o que eu realmente precisava dos homens. Com isso, eu e um amigo começamos a nos abraçar por uma hora. Não era de uma forma sexual. Eu precisava de aceitação, afirmação e afeto. Eu precisava ser abraçado. - relembra.


Em 2017, após ele e a esposa serem demitidos e forçados a se mudar para Filadélfia, Kevbin criou o que agora é conhecido como Grupo Terapêutico de Abraços Masculinos, que está crescendo desde então. Segundo Kevin, atualmente ele vive a melhor fase do casamento e do relacionamento com as filhas.

 


Criador do grupo para abraços entre homens e sua esposa (Fotos: Reprodução)


- Eu tenho descoberto que aceitação, afirmação e afeto podem curar um homem de dores passadas, especialmente quando você foi machucado por outro homem.

 

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Apesar da abordagem progressiva do Kevin ter sido aprovada por muitos, ele admite que teve algumas respostas negativas. Ele disse que já houve comentários negativos, mas que sua maior preocupação com o grupo é que todos se sintam abraçados de forma sincera pelos outros participantes.


- Todos os homens que converso, inclusive homens gays, participam porque não há uma pressão sexual. Apesar de homens gays conseguieem uma conexão física, eles ainda querem um carinho não-sexualizado.


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