Unidades de Saúde vão identificar pacientes com doenças inflamatórias intestinais

 Identificar, precocemente, Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) em pacientes atendidos na rede municipal de saúde para evitar que evoluam para outras complicações. Com esse objetivo, a Prefeitura de Manaus será parceira do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) no 1º Mutirão de Doença Intestinal Inflamatória, a ser realizado no período de 3 a 7/6, no Ambulatório Araújo Lima, na rua Afonso Pena, nº 691, no Centro, e na Policlínica Codajás, avenida Codajás, nº 26, Praça 14, Zona Sul.

A participação do município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), foi confirmada após reunião do secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, com os gastroenterologistas Armando Guerra Júnior, do Ambulatório Araújo Lima, e Deborah Ferreira, da Policlínica Codajás, membro do Conselho Fiscal da diretoria do GEDIIB no Amazonas, no biênio 2019/2020.

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“É uma iniciativa excelente, que com certeza contribuirá para agilizar a identificação da doença uma vez que nossa rede não dispõe de especialistas, além de não termos autonomia para requisitar exames de estômago e intestino. Por essa razão, muitos de nossos usuários que tenham algum indicativo desses diagnósticos, precisam aguardar autorização para a consulta no Sistema de Regulação, o SiSReg, o que pode demorar muito tempo”, ressalta Magaldi.

Pela parceria, caberá aos profissionais das unidades de saúde da Semsa o preenchimento de uma ficha-padrão para a identificação do índice de sinais de alerta para diagnóstico da Doença de Crohn e dos critérios para seleção de pacientes para Retocolite Ulcerativa. Os que apresentarem quadro com suspeita de DII serão encaminhados diretamente ao mutirão, no qual passarão pela avaliação de gastroenterologistas ou proctologistas, conforme o caso, para que seja dado o diagnóstico.

“A demora na confirmação do diagnóstico das doenças inflamatórias é um dos grandes desafios do GEDIIB. Esse mutirão será só o começo. Pretendemos encontrar mecanismos para que cada vez mais pessoas tenham acesso à confirmação da doença e possam ter uma vida com mais qualidade e cuidados necessários”, explica a gastroenterologista Déborah Botelho, membro da atual diretoria do GEDIIB, biênio 2019-2020.

As DIIs

As doenças inflamatórias do intestino incluem duas enfermidades crônicas – a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa – que causam inflamação crônica e recorrente nos intestinos delgado e/ou grosso. “Elas não têm cura, mas se detectadas na fase inicial, que é de menos de dois anos dos sintomas, podem ser tratadas, reduzindo as chances de evolução, o que significa perda de qualidade de vida, internações, cirurgias e sequelas graves”, esclarece o gastroenterologista Armando Guerra Júnior.

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O grupo

O GEDIIB é uma entidade médica sem fins lucrativos, fundada em março de 2002. É formado por especialistas de diversas áreas da medicina (clínicos, pediatras, gastroenterologistas, cirurgiões, coloproctologistas, nutrólogos, endoscopistas, dermatologistas, pneumologistas, patologistas, reumatologistas, hematologistas, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos), buscando aprimorar e gerar conhecimento relacionado ao tratamento das doenças inflamatórias intestinais.