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18/04/2019

Usuários de maconha precisam de sedação duas vezes maior do que os outros pacientes no hospital

Pesquisa norte-americana afirma que os consumidores habituais precisam até 220% a mais de propofol para conseguir uma sedação excelente

Os pacientes que consomem maconha regularmente podem precisar de uma sedação duas vezes maior do que o nível habitual quando se submetem a procedimentos médicos, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores no Colorado (EUA).

 

O estudo, publicado no The Journal of the American Osteopathic Association, examinou mais de 250 registros médicos de pacientes que receberam procedimentos endoscópicos após 2012, quando o Estado do Colorado legalizou a cannabis recreativa.


O resultado foi que os pacientes que fumavam ou ingeriam cannabis diária ou semanalmente precisavam 14% a mais de fentanil, 20% a mais de midazolam e 220% a mais de propofol para conseguir uma sedação excelente nos procedimentos de rotina, incluindo a colonoscopia.


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O médico osteopata de medicina interna e principal pesquisador do estudo, Mark Twardowski, afirma que “alguns dos medicamentos sedativos têm efeitos secundários dependendo da dose, o que significa que quanto maior a dose, maior a probabilidade de problemas. Isso se torna particularmente perigoso quando a função respiratória suprimida é um efeito secundário conhecido”.


O doutor e seus colegas dos serviços de emergência notaram que mais pacientes reportavam queixas sobre náuseas crônicas, um sintoma que pode ocorrer pelo consumo regular de cannabis. E observaram que alguns pacientes precisavam de doses muito mais altas à anestesia geral e ocorriam taxas mais altas de convulsões pós-operatórias. Foi isso que levou o médico e seus colegas a recopilar os dados.


De acordo com o estudo, o consumo de cannabis nos EUA aumentou 43% entre 2007 e 2015. E explica que à medida que mais Estados legalizarem a cannabis medicinal e recreativa, também existirá um potencial maior à recopilação de dados significativos, já que até agora havia uma falta de pesquisa pela classificação da cannabis como droga. Os pesquisadores acham que incluir perguntas específicas sobre o consumo de maconha aos formulários de dieta de pacientes é o primeiro passo para obter informação útil que influencie nos cuidados.

 

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O doutor Twardowski afirma que “esse estudo realmente marca um pequeno primeiro passo. Ainda não entendemos o mecanismo por trás da necessidade de doses mais altas, o que é importante para encontrar melhores soluções de administração da atenção”. A equipe do doutor está agora desenvolvendo um estudo de acompanhamento sobre as diferenças nos requisitos de sedação e anestesia, assim como o manejo da dor após o procedimento para os usuários habituais de cannabis em relação aos não usuários.


El País

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