Rafael Dudamel colocar o cargo à disposição e ainda passou pelo constrangimento de ter que jogar a partida com uniformes comprados em cima da hora numa loja de material esportivo
Depois de vencer de maneira surpreendente a Argentina de Messi por 3 a 1, em Madrid, a Venezuela passou uma decepção tripla no jogo seguinte. A seleção vinotinto perdeu da Catalunha por 2 a 1, viu seu técnico Rafael Dudamel colocar o cargo à disposição e ainda passou pelo constrangimento de ter que jogar a partida com uniformes comprados em cima da hora numa loja de material esportivo.
A marca responsável por vestir a seleção da Venezuela, a Givova, não levou uniformes para a partida contra a Catalunha. Para que eles pudessem jogar, representantes da marca correram para uma loja da rede Decathlon e compraram uniformes da marca Quechua, da própria loja, cortaram as etiquetas e colaram o escudo da federação sobre a logomarca.
A ação foi denunciada por Tomás Rincón, capitão da seleção da Venezuela, que pediu "mais respeito com a camiseta nacional e com os jogadores da equipe".
Givova le exigimos máximo respeto a nuestra camiseta nacional y a cada integrante del equipo.
No tener camisas para jugar hoy y estampar unas que compraron es lamentable, lo de ustedes es vergonzoso.
Foto: Reprodução
O jogador também reclamou que a Givova não levou uniformes de manga comprida para os treinos, realizados no frio do início da primavera na Europa.
A confusão dos uniformes tomou um pouco da discussão que estava centrada no técnico Rafael Dudamel, que colocou o cargo à disposição depois da vitória sobre a Argentina dizendo que não gostaria de "misturar política e futebol". Antes da partida, a seleção recebeu a visita de enviados de Juan Guaidó, líder oposicionista ao regime Maduro que se autodeclarou presidente interino neste ano.
"Recebemos a visita do embaixador na Espanha de Guaidó e isso foi politizado de forma lamentável. Atendemos aos embaixadores do governo de Maduro e hoje recebemos Ecarri de maneira respeitosa. Mas infelizmente politizaram a visita, que foi antiética e desrespeitosa", disse o técnico.
Em 2017, o treinador havia criticado publicamente o presidente Nicolás Maduro durante a forte repressão que protestos populares sofriam nas ruas do país.
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