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20/11/2018

Via Láctea: astrônomos captam sistema estelar triplo pela primeira vez

Foto: ESO / L. Calçada / M. Kornmesser

As explosões de raios gama estão entre as mais fortes do universo, duram entre poucos milésimos de segundo e poucas horas e podem liberar tanta energia quanto o sol durante toda sua vida

Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) detectou pela primeira vez na Via Láctea um sistema estelar triplo em massa, considerado como possível fonte de uma futura explosão de raios gama de longa duração.


"Este é o primeiro sistema deste tipo descoberto na nossa galáxia", disse o astrônomo Joseh Callingham, do Instituto de Radioastronomia dos Países Baixos por meio de um comunicado do ESO. "Não esperávamos encontrar este sistema na nossa própria vizinhança", disse.


O sistema tem a aparência de uma serpente em espiral em torno do sistema estelar e os astrônomos, além da denominação de catálogos 2XMM J160050.7-514245, batizaram o sistema como Apep, em referência a uma divindade egípcia que era uma serpente que encarnava o caos.


Na mitologia egípcia, o deus Rá, o sol, lutava com Apep todas as noites. A adoração a Rá colaborava para sua vitória e o retorno do sol todas as manhãs.


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O sistema Apep – que compreende um ninho de estrelas maciças cercado por um "redemoinho" de pó – foi captado pelo instrumento Visir instalado no Very Large Telescope (VLT) do ESO, situado no Chile.


As explosões de raios gama estão entre as mais fortes do universo, duram entre poucos milésimos de segundo e poucas horas e podem liberar tanta energia quanto o sol durante toda sua vida.


Acredita-se que as explosões de raios gama de longa duração – de mais de dois segundos – são causadas por explosões de supernova ou estrelas Wolf-Rayet de rotação rápida.


Para o final de suas vidas, algumas das estrelas de massa maior se transformam em estrelas Wolf-Rayet.


"Esta fase é de curta duração, e as Wolf-Rayets sobrevivem neste estado durante apenas algumas centenas de milhares de anos (um abrir e fechar de olhos em termos cosmológicos)", diz o comunicado do ESO. "[Depois] lançam enormes quantidades de material em forma de um poderoso vento estelar, expulsando matéria para o exterior a milhões de quilômetros por hora."

 

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Os ventos estelares do Apep viajam a uma velocidade de 12 milhões de quilômetros por hora.

 

Agência Brasil

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