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Mulher
26/06/2020

'A mulher com deficiência também deve ser vista como um corpo bonito'. VEJA FOTOS

Foto: Divulgação

Heloísa Rocha, 35 anos, tem osteogenese imperfeita, conhecida como "ossos de vidro", e fala sobre moda para pessoas com deficiência

Heloísa Rocha, 35 anos, nasceu com osteogenese imperfeita, uma doença rara de fragilidade óssea conhecida como “ossos de vidro”. “Ainda no útero da minha mãe tive inúmeras fraturas. Por conta disso, eu tenho muitas curvaturas, menos de 1 metro de altura e sou totalmente fora do padrão de beleza ”, fala.

 

Em conversa com o Delas, Helô fala sobre como estar fora do padrão não foi um impeditivo para ser uma blogueira de moda. Na verdade, foi um ponto de encontro para se comunicar com outras mulheres.

 

E antes de pensar que vamos contar uma história de superação, ela avisa: “Eu sou uma pessoa com deficiência, mas, antes do termo, eu sou só uma pessoa.

 

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Tenho as minhas necessidades, mas levo uma vida normal e é isso o que devem valorizar”. Moda em Rodas Heloísa é jornalista, mora na capital paulista e por anos trabalhou cobrindo eventos de moda como o São Paulo Fashion Week.

 

Ela conta que, ao frequentar o ambiente, passou a notar que era um ponto fora da curva. Diante de mulheres magras, altas e dentro do que o a moda considera “bonito”, Helô fugia completamente do esperado para o ambiente.

 

Ao perceber a falta de mulheres com deficiência falando sobre moda, começou a surgir a vontade de ocupar esse espaço e falar sobre o assunto. Em 2015, Helô criou o “Moda em Rodas”, uma página no Instagram onde fala sobre moda, autoestima e inclusão.

 

 

 

Ela conta que começou dando dicas, mostrando suas combinações e indicando lugares para fazer roupas e sapatos – já que ela não consegue comprar tais itens em lojas comuns. Aos poucos, o projeto foi ganhando outra forma e indo além do “básico” da moda. “A ideia inicial era fazer look do dia, mas fui me transformando e percebi que não era só isso. Eu estava levantando a bandeira da moda inclusiva”, diz.

 

A jornalista fala que ao publicar suas fotos, outras mulheres com deficiência e deformidades começaram a se reconhecerem e se sentirem representadas. “Quando falamos da mulher com deficiência, há uma dificuldade em se sentir bela e amada. Eu trabalho com essa questão, mostrando que você não precisa da aprovação do outro para se sentir bem”.

 

Por se dedicar à uma moda inclusiva, ela comenta que a identificação com as suas fotos vai além das PCDs. Mulheres de diferentes corpos gostam e consomem seu conteúdo. “As pessoas se sentem representadas, mesmo não tendo nenhuma deficiência”.

 

 

 

“Converso muito com as seguidoras sobre autoestima e amor próprio . Eu mostro que há outra mulher ali e trato com mais normalidade as pessoas com deficiência”, completa.

 

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Fotos: Reprodução

 

E mais do que ser uma inspiração, a jornalista quer incentivar que mais mulheres se apoiem. Além disso, Helô diz que trabalha para “mostrar que a mulher com deficiência também deve ser tratada como um corpo bonito” e quebrar o estigma de heroína. “Tento mostrar a pessoa que eu sou e o que elas podem ser”, diz.

 

R7

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