Presidente volta a reclamar da divulgação de dados sobre desmatamento
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que mandou o ministro Marcos Pontes demitir o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, porque "não havia mais clima" para que ele continuasse no cargo.
A polêmica começou quando o presidente questionou dados do instituto apontando aumento expressivo do desmatamento em junho deste ano. Bolsonaro disse, na ocasião, que o diretor poderia estar "a serviço de alguma ONG". Galvão rebateu chamando a atitude do presidente de “pusilânime e covarde”.
- Eu não peço. Certas coisas, eu mando, por isso eu sou presidente. Após as declarações dele a meu respeito, pessoais, não tinha clima para continuar, mesmo que ele viesse provar que os dados estavam até mesmo certo, não tinha mais clima - disse Bolsonaro em entrevista na manhã deste domingo.
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Ele disse que cabe agora a Pontes escolher o novo diretor. Bolsonaro repetiu que há interesse em desacreditar o Brasil no exterior com a divulgação e afirmou que isso pode atrapalhar o ritmo de negociação de acordos comerciais.
- Há um interesse enorme em desacreditar o Brasil. Você mexe com a economia do mundo. Estamos adiantados (em acordos) do Mercosul com Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, isso dá um freio na gente, perde todo mundo - afirmou.
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Após deixar o Palácio do Alvorada, Bolsonaro foi à Igreja Fonte da Vida, em Brasília, onde participa de um culto. A cerimônia religiosa é realizada pelo pastor César Augusto, que visitou Bolsonaro após o atentado a faca que sofreu durante as eleições de 2018. O presidente foi chamado de "mito" pelos fiéis e se emocionou ao abraçar César Augusto.
O Globo