25 de Abril de 2024 - Ano 10
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13/07/2020

'Possível rede de tráfico de animais', diz delegado sobre jovem picado por cobra naja no DF

Foto: Reprodução

Segundo Willian Ricardo, da Polícia Civil do DF, a corporação agora tenta descobrir como a organização atuava e se agia fora do Brasil

 Ela foi o assunto da semana. Todo mundo quer saber como uma naja -- uma das cobras mais venenosas do mundo – foi parar em Brasília e picou um estudante que ficou em coma. O animal agora está ajudando as autoridades a desvendar uma rede de tráfico de animais exóticos.

 

Essa história começou na tarde da terça-feira passada, quando um estudante de medicina veterinária deu entrada na emergência deste hospital particular, a trinta quilômetros da região central de Brasília.

 

Pedro Krambeck, de 22 anos, estava numa chácara quando ligou para os pais avisando que tinha sido picado pela naja que ele próprio criava -- ilegalmente. O rapaz deu entrada no hospital às três e dez da tarde. Estava consciente, mas seu estado de saúde se agravou muito rápido. Uma hora e meia depois, Pedro entrou em coma.

 

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O veneno da naja provoca uma intoxicação grave no organismo. A pessoa não consegue abrir os olhos, tem dificuldade de andar, de deglutir a saliva e de respirar. As células cardíacas também são lesionadas. Se o tratamento não for rápido, a pessoa pode sofrer uma parada cardiorrespiratória em até uma hora depois a picada.

 

Pra sobreviver, Pedro precisava do soro que combatesse especificamente o veneno da naja da espécie Kaouthia. A salvação estava a mil quilômetros do hospital, no Instituto Butantan, em São Paulo. O soro foi enviado de avião. O estudante, aos poucos, foi melhorando.

 

Mas uma pergunta continuava: cadê a cobra? A polícia e as autoridades ambientais começaram a investigar. Afinal, um dos dez animais mais venenosos do mundo estava à solta por Brasília.Enquanto Pedro estava internado por causa do próprio vacilo, a cobra naja foi encontrada aqui, um dia depois do acidente, ao lado de um shopping. Segundo a polícia, foi abandonada por um amigo de Pedro.

 

Os investigadores dizem que, depois de Pedro ter sido picado, Gabriel Ribeiro, amigo do jovem, abandonou a naja ao lado de um shopping e depois escondeu outras dezessete serpentes num haras em Planaltina, a sessenta quilômetros de Brasília. Na quarta (8), a naja foi encontrada. Na quinta (9), outras 16 cobras. Sábado (10), mais uma, na casa do pai de Gabriel.

 

“Abrimos uma investigação formal em relação a essa situação e podemos então identificar que não se tratava apenas de uma cobra, mas de possivelmente uma rede estruturada de tráfico de animais. A gente apura se, além de adquirir, eles vendiam, se o intuito era de comercializar esses animais”, explica o delegado William Andrade Ricardo.

 

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A polícia também investiga se Pedro, Gabriel e outros colegas compravam e vendiam as cobras em redes sociais. Pedro já está fora de perigo. Ele não teve sequelas graves, e deve ter alta nos próximos dias. Aí será ouvido pela polícia. 

 

G1

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