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24/05/2020

'Só se eu fosse um rato para entregar o meu telefone' celular, diz Bolsonaro

Foto: Reprodução

Presidente afirmou que Celso de Mello pecou ao enviar pedido de apreensão, apresentado por parlamentares da oposição, para Augusto Aras e classificou inquérito como

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que "jamais" entregará seu telefone celular, mesmo que isso seja determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro disse que só faria isso se fosse um "rato" e afirmou que uma decisão nesse sentido criaria uma "crise institucional".

 

— Está na cara que jamais entregaria meu celular. Estaria, sim sendo criada uma crise institucional. A troco de quê? Qual o próximo passo, dar uma canetada e falar que eu não sou mais presidente? Alguém está achando que eu sou um rato para entregar um telefone meu em uma circunstância como essa? Pelo amor de Deus, somos três Poderes independentes e ponto final, cada um ter que saber o seu limite — disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Joven Pan.

 

Bolsonaro afirmou que uma eventual apreensão seria baseada em "fake news" e classificou o inquérito que investiga se ele interferiur na Polícia Federal como "inconstitucional".

 

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— É inadmissível, por causa de fake news, que está lá em um processo no meu entender completamente inconstitucional, porque devemos respeitar a liberdade de expressão — afirmou, acrescentando: — Buscar, sequestrar o telefone de um presidente da República? Só se o presidente da República for um rato para entregar o telefone dele. Só se fosse um rato para entregar o telefone.

 

Depois, voltou a reforçar que não cumpriria uma decisão para entregar o celular:

 

— Jamais pegarão meu telefone. Jamais. Seria uma afronta ao presidente da República. Isso é inadmissível.

 

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido apresentado por parlamentares de oposição de apreensão do celular de Bolsonaro. Como é de praxe, quando "notícia-crime" é apresentada por qualquer cidadão, o caso é remetido para análise do Ministério Público Federal, a quem compete decidir se os fatos narrados devem ou não ser investigados.

 

Bolsonaro afirmou que Celso de Mello "pecou" porque poderia ter ignorado o pedido.

 

— Com todo respeito, vou continuar respeitando o Supremo Tribunal Federal. Agora, o senhor Celso de Mello, lamentavelmente, pecou. Ele podia ignorar. Não tem prazo.

 

O presidente também disse ter "certeza" de que Augusto Aras não dará prosseguimento ao pedido.

 

— Eu tenho certeza, eu que indiquei o procurador-geral da República, mas tem sua independência, e assim que tem agido o senhor Aras,que o parecer dele vai ser para que isso não seja concedido.

 

Em nota, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou que a apreensão seria uma "afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e interferência inadmissível de outro Poder" e que "poderá ter consequências imprevisíveis".

 

Bolsonaro compartilhou a nota de Heleno em sua conta no Twitter. Depois, na entrevista, afirmou que o ministro o consultou antes de publicar o texto e disse ter dado aval.

 

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— Eu tomei conhecimento do texto, pelo general Heleno, antes da publicação. Olhei. Ele falou: “vou publicar esse texto”. Eu falei: “o senhor fica à vontade”. 

 

O Globo

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