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02/10/2019

Amazônia: Atendimentos médicos a crianças dobram com queimadas

Foto: Divulgação

Internações acontecem em locais próximos a incêndios

O número de atendimentos médicos de crianças por problemas respiratórios causados pelas queimadas na região da Amazônia Legal dobrou em maio e junho deste ano em relação a igual período do ano passado, revelou um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

 

Segundo o levantamento do Observatório do Clima e Saúde da Fiocruz, foram registrados cerca de 5.000 atendimentos médicos de crianças com até 10 anos de idade em cidades da Amazônia Legal nos meses de maio e junho de 2019, ante cerca de 2.500 casos no ano passado.

 

“As cidades onde detectamos excesso de internações coincidem com o arco do desmatamento na Amazônia Legal“, disse à Reuters o sanitarista Cristóvão Barcelos, que elaborou a pesquisa, acrescentando que houve aumento nos atendimentos em cerca de 100 das mais de 700 cidades da região.

 

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"A pesquisa mostra que 2% das crianças internadas morreram", acrescentou.

 

"Dezenas morreram no SUS, fora aquelas que estão fora do sistema ou que não conseguiram chegar aos hospitais por que o acesso na Amazônia é complicado“.

 

O levantamento concluiu ainda que o risco de problema respiratório em uma criança que mora perto de um foco de incêndio é 36% maior do que para aquelas que estão longe das queimadas. A busca por assistência ocorreu em cidades próximas a focos de incêndio.

 

“Os focos começaram em maio e junho e se intensificaram nos meses seguintes“, disse Barcelos.

 

Como os focos se intensificaram a partir de julho, os números de atendimentos devem ter aumentado, acrescentou o sanitarista, ao frisar que até o fim do ano a Fiocruz pretende fazer uma pesquisa mais abrangente com outras faixas etárias.

 

O estudo da Fiocruz — que usou como apoio informações do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), da Nasa e de outros órgãos que monitoram o desmatamento — alerta para o crescimento acelerado do desmatamento e suas consequências para a saúde das pessoas.

 

“Houve uma sequência que começa no desmatamento, depois veio a queimada e problemas respiratórios. Isso poderia ser evitado com alertas sobre desmatamento. Nunca esse processo foi tão acelerado na Amazônia”, disse Barcelos.

 

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De acordo com dados do monitoramento de focos de incêndio do Inpe, em junho deste ano foram registrados 4.838 focos na Amazônia Legal, quase 1.000 a mais que os 3.846 do mesmo mês no passado.

 

Segundo a Fiocruz, o aumento nos atendimentos a crianças também teve um custo para o Estado, e o estudo calcula que os gastos com o tratamento médico das crianças com problemas respiratórios assistidas no SUS (Sistema Único de Saúde) foi de 1,5 milhão de reais.

 

R7

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