20 de Abril de 2024 - Ano 10
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08/07/2020

Aumento de 142%: quase um milhão de pessoas foram infectadas no Brasil em um mês

Foto: Leo Martins

Aglomerações após reabertura do comércio têm contribuído para o aumento da disseminação do vírus

A epidemia da Covid-19 parece longe de estar sob controle no Brasil , com taxa de contágio em alta na última semana. O novo coronavírus chegou oficialmente no Brasil em fevereiro, atingiu 100 mil casos em maio , ultrapassou 1,6 milhão no último domingo (5), e os cientistas ainda têm dificuldades para saber quando o número galopante de contágios será freado.


Hoje, um consórcio de veículos de imprensa criado para apurar notificações diárias da pandemia completa um mês de existência. Nesse período, o número de casos do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no país aumentou 142%, chegando a 1.674.655, e o de mortes , 83%, com um total de 66.868.

 

Os levantamentos, realizados com base em dados das secretarias estaduais de Saúde, são do Globo, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. O presidente Jair Bolsonaro declarou ontem que entrou no rol de pessoas contaminadas pela Covid-19.


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Pesquisador da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Gabriel Maisonnave Arisi destaca que a pandemia cresce em um “ritmo absurdo”, constantemente chegando a quase 50 mil casos por dia — e esse índice, ressalta, pode ser até seis vezes maior, considerando a taxa elevada de subnotificação.

 

"A pandemia pode até atingir o platô na Grande São Paulo, mas vemos seu fluxo para cidades do interior, onde sequer há estrutura para atendimentos de saúde básica. É difícil entender o comportamento epidemiológico de um coronavírus. Não sabemos qual percentual de população infectada seria necessária para atingir a imunidade de rebanho, mas por enquanto não devemos contar que isso pode acontecer em qualquer região do país", alerta.

 

A pandemia da Covid-19, avalia Arisi, ainda está em “fase inicial” no Brasil. O pesquisador acredita que os casos de coronavírus podem avançar por mais de um ano, mesmo após o desenvolvimento de uma vacina.

 

"Precisaríamos esperar que essa imunização fosse criada, amplamente disponibilizada e, depois, aceita pela população. Esta última etapa pode não ser tão fácil, considerando a força dos movimentos antivacina. Por enquanto, do ponto de vista clínico, a principal estratégia é o distanciamento social, e ainda há relutâncias para essa prática. A abertura de shoppings e igrejas, que já ocorre em grandes cidades, deveria estar fora de questão", ressalta.

 

Na semana passada, a pequisa Epicovid-19 BR, conduzida por cientistas da Universidade Federal de Pelotas, indicou que, em um mês e meio, o número de infectados por Covid-19 dobrou no país, de 1,9% da população para 3,8%, enquanto a adesão a políticas de isolamento social caiu de 23,1% para 18,9%. A quantidade de pessoas que dizem ficar sempre em casa diminuiu de 23,1% para 18,9%, enquanto aqueles que dizem sair diariamente aumentaram de 20,2% para 26,2%.

 

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A Covid-19 avança significativamente nos rincões do país — em Roraima, cada pessoa infectada transmite a doença para duas saudáveis. Devido à sua chegada em cidades do interior, o Ceará ultrapassou o Rio de Janeiro e tornou-se o segundo estado com mais registros da doença, atrás apenas de São Paulo. A situação também é crítica no Sul do país, em estados como o Paraná, que foram os últimos atingidos pela pandemia.

 

IG

 

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