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08/12/2021

BC eleva taxa básica de juros para 9,25%, a maior em mais de 4 anos

Foto: Reprodução

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (8/12) aumentar a taxa Selic (tarifa básica da economia e que regula os juros) em 1,5 ponto percentual, elevando o índice de 7,75% para 9,25% ao ano. A sétima alta consecutiva eleva o indicador ao maior patamar em pouco mais de quatro anos – em julho de 2017, a Selic estava em 10,25%.

 

O aumento de 7,25 pontos porcentuais em nove meses é o maior registrado desde o fim de 2002, quando a Selic subiu 7,5 pontos entre os meses de outubro de 2002 e janeiro de 2003.

 

A medida busca controlar a inflação, que já chegou no acumulado dos últimos 12 meses a 10,67%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro. O resultado era esperado pelo mercado financeiro, que se beneficia com o aumento; os juros mais altos tornam o mercado de renda fixa mais atraente, o que também contribui para valorizar o real em relação ao dólar.

 

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A previsão dos analistas do mercado financeiro é que a taxa Selic continue subindo nos próximos meses. Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, afirma que a expectativa é que a primeira reunião de 2021 já venha com uma alta de ao menos 1,5 ponto percentuaal. Isto porque a inflação de 2022 já estará acima do teto e da meta estabelecida pelo Bacen.

 

“E vale destacar que o Banco Central também é o responsável por estimular o fomento da atividade econômica e do emprego, por isso acreditamos que a taxa alcançará facilmente 11% em março”, estipula o economista.

 

No comunicado, o Banco Central afirmou que considera que novos aumentos sejam inevitáveis nas próximas reuniões sobre o assunto: “O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.”

 

André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, afirma que leitura do comunicado esconde um tom de preocupação com relação ao futuro: “A combinação de expectativas menos piores na margem, somado a perspectiva de queda da inflação em 12 meses já no primeiro trimestre de 2022 apontam que o mercado deve jogar ainda mais para baixo a parte longa da curva de juros. Mantemos nossa projeção de SELIC em 11,5% ao final do ciclo em maio do ano que vem.”, afirma.

 

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Para a próxima reunião, o comunicado oficial do aumento da Selic já antevê um novo aumento. “O Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.”, informa.

 

Fonte: Metrópoles

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