Questionado pelo
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 2, que não pretende demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no meio da“guerra”, mas que nenhum ministro é “indemissível”. Em entrevista à Rádio Jovem Pan, ele afirmou faltar “humildade” a Mandetta, que deveria ouvir mais o presidente sobre as decisões no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
“O Mandetta já sabe que a gente está se bicando há algum tempo. Eu não pretendo demitir o ministro no meio da guerra. Agora, ele é uma pessoa que em algum momento extrapolou.” Questionado pelo Estado sobre as declarações do presidente, Mandetta respondeu: "Eu só trabalho, lavoro, lavoro".
Segundo o presidente, não se trata de uma ameaça, mas não há ninguém indemissível. “Todo mundo pode ser demitido, como cinco já foram embora”, declarou. Além de desejar “boa sorte” a Mandetta, ele afirmou que parte do ministério da Saúde foi contaminado pela “histeria”.
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Bolsonaro disse também que atua para equilibrar as decisões do Ministério da Saúde e do Ministério da Economia e não haver conflito entre as duas pastas. “Não tem nenhum problema com o Paulo Guedes, mas o Mandetta quer fazer vale muito a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo, mas está faltando um pouco de humildade para conduzir o Brasil nesse momento difícil e que precisamos dele para vencer essa batalha com o menor número de mortos possível.”
Em relação aos pedidos para que deixe o cargo, Bolsonaro afirmou que, de sua parte, “a palavra renúncia não existe”. “Eu fico feliz por estar na frente de um problema grande como esse”, declarou o presidente, acrescentando que o impedimento e a Lei de Responsabilidades são preocupações do governo. Na segunda-feira, 30, líderes da esquerda se uniram em um manifesto para pedir a renúncia do presidente.
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Abertura do comércio
Fotos: Reprodução
O presidente afirmou que se, na semana que vem, o comércio não começar a reabrir de forma gradativa, "com certeza" o Governo Federal vai ter que tomar a decisão. Segundo ele, já há um decreto pronto para ser assinado. "O mais prudente é abrirmos de forma paulatina o comércio na próxima segunda-feira. O Brasil não vai aguentar. Se estão pensando em sufocar a economia para desgastar o governo, a população já sabe." Bolsonaro negou possam ir às ruas para reabrir o comércio.
Estadão