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06/08/2019

Bolsonaro critica demora da Anvisa para liberar registros: 'Será excesso de zelo ou só está procurando criar dificuldade para vender facilidade?'

Foto: Reprodução / EPTV

Presidente fez questionamento em discurso na inauguração de laboratório farmacêutico no interior de SP. Ele também falou sobre Amazônia, Marcos Pontes e

 O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira (6), na inauguração de um laboratório farmacêutico em Itapira (SP), a demora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fornecer os registros de responsabilidade do órgão.

 

"Quanto tempo leva o registro na Anvisa? Será que esse tempo todo justifica? Será que é excesso de zelo ou só está procurando criar dificuldade, para vender facilidade?", perguntou em seu discurso.

 

Bolsonaro afirmou que "as agências foram criadas lá atrás, por um presidente, um tal de FHC".

 

"Não vou entrar em detalhes sobre ele ou o que já falei sobre ele no passado. Mas, quando essas agências foram criadas, eu fiz um discurso na câmara, pesado (...). Infelizmente eu estava com a razão. As agências têm um poder enorme, repito, para o bem ou para o mal."

 

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A nova unidade, que pertence à Cristália, deve produzir insumos usados na fabricação de medicamentos contra o câncer. Além de medicamentos e insumos farmacêuticos, a Anvisa faz registros de agrotóxicos, alimentos e cosméticos, dentre outros produtos.

 

O tempo total médio para concessão de registro de medicamentos, por exemplo, é de 188 dias para genéricos e similares, 276 para medicamentos novos e 256 dias para remédios inovadores, de acordo com dados da Anvisa divulgados em agosto do ano passado.

 

A Anvisa é uma autarquia criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. O órgão tem como objetivo a "proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária". Também atua no controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.

 

Bolsonaro defendeu Marcos Pontes


Em seu discurso em Itapira, Bolsonaro também comparou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e seus antecessores.

 

"Aos que me criticam, eu cito muito um caso, que tem a ver com os senhores, do nosso ministro Marcos Pontes, astronauta, o homem que cursou Academia da Força Aérea, o ITA [Instituto Tecnológico da Aeronáutica], é piloto de provas, depois foi pra Nasa, depois pro espaço", listou.

 

Em seguida, disse: "Compare ele [Marcos Pontes] com os ministro anteriores da ciência e tecnologia. Os anteriores não sabem a diferença de lei da gravidade para gravidez e estavam lá. Fazendo o quê? Eu não vou responder".

 

'Explorar biodiversidade' da Amazônia


Bolsonaro falou ainda sobre a Amazônia, dizendo que tem falado em suas viagens internacionais que "o Brasil está de braços abertos para outros países que queiram por parceria explorar a nossa biodiversidade na região amazônica".

 

"Não podemos continuar tendo péssimos brasileiros ao nosso lado divulgando números mentirosos, fazendo campanha contra a nossa pátria", afirmou o presidente, repetindo o tom de um discurso feito nesta segunda-feira (5), na Bahia.

 

O governo vem recebendo críticas de ambientalistas, cientistas, autoridades estrangeiras e da imprensa estrangeira pelas medidas que têm tomado em relação ao meio ambiente e pelos riscos que pode estar gerando para a preservação da Amazônia.

 

Já nesta terça, na inauguração do laboratório em Itapira, ele acrescentou: "Não existiu prazer maior agora em Osaka, por ocasião do G20, eu conversar com o [Emmanuel] Macron [presidente da França] e a Angela Merkel [chanceler alemã]. Não da forma que eles queriam, a resposta que obtiveram, mas por dizer para eles que o Brasil está sob nova direção. Não voltei pra cá para demarcar mais dezenas de terras indígenas ou quilombolas que só dividem o nosso povo".

 

"E o que eu quero para o índio no Brasil que em grande parte está na nossa Amazônia? Integrá-lo à nossa sociedade. Buscar parcerias com eles também para biodiversidade e exploração de recursos minerais."

 

'Tirar o estado de cima de quem produz'


Em outro momento do discurso, Bolsonaro disse que respeita as instituições. "Mas eu devo lealdade apenas a vocês, povo brasileiro, porque vocês tiveram a coragem de romper o continuismo, o populismo, a demagogia que esse Brasil maravilhoso vivia ao longo dos últimos 30 anos", completou.

 

"[Foi eleito] Sem TV, sem tempo de partido, sem recurso, com quase toda a mídia esculachando a gente, racista, homofóbico, fascista, e seja lá o que for", disse.

 

"No dia de ontem, eu retribuí parte daquilo que grande parte da mídia me atacou. Assinei uma medida provisória fazendo com que os empresários que gastavam milhões de reais para publicar obrigatoriamente, com força de lei, seus balancetes nos jornais agora podem fazê-lo no Diário Oficial da União a custo zero. Não é uma retaliação contra a imprensa. É tirar o estado de cima daquele que produz. E quem produz? São vocês. Não estou sentindo cheiro de mortadela aqui."

 

Também disse: "E o que temos que ter é presidente da República, ministros, senadores, deputados federais, prefeitos, vereadores, deputados estaduais que não atrapalhem a vida de vocês. Estamos desburocratizando o Brasil".

 

Sobre militar preso com droga na Espanha


Em seguida, Bolsonaro lembrou o caso do militar brasileiro preso com 39 kg de cocaína na Espanha, no final de junho.

 

"Quando foi surpreendido, lamentavelmente, o militar da força aérea com 39 kg de cocaína lá fora, alguns setores da mídia deram a entender que tinha a ver com aquele episódio. Quanto poderia ganhar com 40 kg de cocaína? R$ 500 mil? Quanto posso ganhar? Cadê minha caneta BIC? Dá aí. Quanto posso ganhar com essa caneta BIC assinando coisas contra vocês, com risco quase zero?", comparou.

 

'Entregar Brasil melhor em 2023 ou 2027'


No fim do pronunciamento, o presidente disse que "só tem um sonho": "Entregar, em janeiro de 2023 ou janeiro de 2027, um Brasil melhor para quem porventura vier me suceder". Foi uma repetição do teor do discurso feito poucas horas antes, em São Paulo.

 

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Bolsonaro, que durante a campanha disse que iria acabar com a reeleição, mudou o discurso em junho, quando admitiu disputar um novo mandato.

 

E, em um evento em Goiás no final de julho, cogitou estar no cargo em "2024, 2025".

 

G1

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